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Brasília

Segunda morte por H1N1 no DF confirmada pela Secretaria de Saúde

Criança de cinco anos foi diagnosticada e faleceu no HRAN. É o segundo caso de morte pelo vírus em 2019

Aline Rocha

28/05/2019 14h39

Foto: Agência Brasil

Aline Rocha e Beatriz Castilho
[email protected]

Uma criança de 5 anos morreu diagnosticada com o vírus da gripe H1N1, no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). O caso ocorreu na primeira quinzena deste mês, e é o segundo do tipo no Distrito Federal. O óbito foi confirmado pelo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

De acordo com o documento, a vítima tinha uma deficiência no sistema imunológico. Apesar de não detalhar o quadro da garota, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), pasta da SES, informou que a Vigilância Epidemiológica investiga a ocorrência.

A morte aconteceu menos de um mês depois do primeiro óbito registrado na região. A vítima foi uma mulher de 83 anos, internada no Hospital Home (L2 Sul), que faleceu no dia 30 de abril. Ela possuía uma doença hematológica grave, o que pode ter contribuído para o quadro.

No início do mesmo mês, porém, a SES havia confirmado que um homem de 54 anos tinha morrido em decorrência do vírus, configurando, à época, como o primeiro caso do ano. Ele estava internado no Hospital Regional de Ceilândia, e, assim como a mulher, tinha uma condição hematológica. A informação foi repassada pelo órgão em uma entrevista coletiva no dia 11 de abril.

Apesar do choque de informações, a pasta informou ao JBr. que o caso válido é o que consta no boletim epidemiológico. No documento estão contabilizadas apenas as mortes da mulher e da criança.

Casos e prevenção

Além dos dois óbitos, o informativo epidemiológico contabilizou, apenas em 2019, 21 casos de Influenza A H1N1. Os dados foram recebidos entre 30 de dezembro de 2018 e 18 de maio de 2019. O número é quase metade do total de ocorrências do ano anterior. Em 2018, foram três mortes e 43 quadros confirmados da doença.

Para a secretaria, a vacinação é a melhor prevenção contra a doença. Até sexta-feira (31), o DF participa de uma Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A meta é imunizar cerca de 778,6 mil pessoas, principalmente grupos prioritários de vacinação, como crianças de 6 meses a 6 anos incompletos, mulheres grávidas e idosos, por exemplo.

As vacinas podem ser encontradas em diversos postos de vacinação. Pessoas doentes e internadas em hospitais podem agendar o recebimento da vacina pelo telefone 160.

A H1N1 é derivada do vírus Influenza A, de transmissão respiratória. Os principais sintomas da doença são febre, tosse, dor de garganta, prostração e mialgia. A SES afirma que o período de inverno e ambientes fechados são mais propensos a contaminação.

Confira as orientações da Secretaria de Saúde para proteção contra o vírus:

1) A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza acontece até 31 de maio de 2019, obedecendo aos critérios e grupos vacinais. A vacina é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença.

2) Intensificar as medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias, como:
a) Lavar e higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar.

b)Utilizar lenço descartável para higiene nasal.

c) Cobrir o nariz e a boca, quando espirrar ou tossir.

d) Evitar tocar mucosas dos olhos, do nariz e da boca.

e) Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.

f) Manter os ambientes bem ventilados.

g) Evitar aglomerações e ambientes fechados.

h) Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

i) Evitar sair de casa, no período de transmissão da doença.

j) Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

3) Atentar para os sinais de agravamento (piora do quadro clínico) como a persistência ou aumento da febre por mais de três dias, aparecimento de dispneia ou taquipneia, confusão mental, desidratação, entre outros. Nesses casos, o paciente deve retornar à unidade de saúde.

4) Iniciar o uso do antiviral prescrito por um médico o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas de início dos sintomas.

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