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Brasília

Secretaria orienta mulheres interessadas em colocar DIU a procurar um UBS

Segundo a pasta, é o primeiro passo que a paciente deve dar. Especialistas trazem detalhes sobre o dispositivo contraceptivo

Willian Matos

09/08/2019 10h35

Da redação
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Percebendo uma movimentação entre as mulheres do Distrito Federal em adquirir o Dispositivo Intrauterino (DIU), a Secretaria de Saúde do DF dá um recado importante. A pasta salienta às pacientes que querem implantar o contraceptivo que o primeiro passo a ser dado é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para que todas as orientações necessárias sejam passadas por profissionais.

A chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde, Camila Gaspar, fala um pouco sobre as orientações repassadas às mulheres. “Após a manifestação das pacientes, elas são orientadas a ter preventivo de câncer de colo do útero recente, ter realizado tratamento para vulvovaginite prévia e a colocar o DIU durante o período menstrual ou na certeza de não estar gestante”, explica.

Mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas podem utilizar o método, incluindo adolescentes e mulheres que nunca tiveram filho. “As contraindicações referem-se, basicamente, às alterações uterinas – sejam infecciosas, neoplásicas ou por distorções da cavidade uterina”, complementa a referência técnica distrital de Ginecologia e Obstetrícia da Secretaria de Saúde, Marta de Betânia.

A eficácia do DIU é ainda maior do que dos anticoncepcionais orais. Enquanto a pílula tem uma taxa de falha, na prática, de 8% no primeiro ano de uso, o DIU de cobre tem uma taxa de falha, na prática, de 0,8% no primeiro ano de uso. Vale destacar, ainda, que o DIU de cobre não tem hormônio e não inibe a menstruação.

Em ambulatório

A inserção intrauterina do DIU deve ser realizada por profissional treinado e é feita em ambulatório. Todas as regiões de saúde implantam o DIU, sendo que a organização de fluxo é local.

“Considerando a expansão da Atenção Primária de Saúde, com novos profissionais sendo lotados nos serviços, há planejamento para realização de capacitações no segundo semestre de 2019 a fim de aumentar a quantidade de servidores qualificados para realizar o procedimento”, destaca Camila Gaspar.

A médica Fabiana Fonseca, da UBS 3 do Guará, já passou por esta capacitação, juntamente com outros profissionais das equipes de Estratégia Saúde da Família daquela unidade. Por lá, após o treinamento, conseguiram adiantar o processo para colocação do contraceptivo de cobre e não há filas de espera.

“Antes, somente uma ginecologista fazia a implantação do DIU, além de fazer os outros atendimentos de área. Agora, com a capacitação, temos mais profissionais realizando o procedimento”, conta Fabiana.

“Antes, somente uma ginecologista fazia a implantação do DIU, além de fazer os outros atendimentos de área. Agora, com a capacitação, temos mais profissionais realizando o procedimento”, conta Fabiana.

Ela ressalta que, por semana, somente a equipe dela coloca DIU em dez mulheres. Todo o procedimento dura de sete a 15 minutos, entre a implantação e uma conversa posterior para serem repassadas informações importantes.

A procura pelo contraceptivo também aumentou. “Passamos a ofertar a possibilidade para as mulheres durante as consultas. Muitas não sabem como funciona e, por isso, nem procuram”, destaca.

Fabiana conta, ainda, que percebeu uma redução no número de gestantes na unidade desde o ano passado. “O perfil de atendimento de pré-natal, aqui, era de meninas jovens e muitas delas engravidaram sem planejar”, conta a médica. Com informações da Agência Brasília

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