Menu
Brasília

Secretaria de Saúde destaca importância da doação de órgãos

Conheça a história do jornalista Tiago Damásio, que teve a vida salva por um ato de amor e solidariedade

Willian Matos

30/09/2019 10h32

Da redação
[email protected]

Neste mês de setembro que se vai, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou diversas ações voltadas à conscientização sobre a doação de órgãos. Por meio da Central Estadual de Transplantes (CET), foram realizadas atividades culturais e palestras para trazer à comunidade a discussão sobre a relevância deste ato.

A programação do Setembro Verde terminou na sexta-feira (27), quando é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Nessa data, além da mostra fotográfica, em curso na galeria de artes do Pátio Brasil Shopping, desde o dia 23, aconteceu, na praça central do Pátio, um talk show com o jornalista Tiago Damásio, que teve a vida salva por conta de um ato de amor e solidariedade.

História

Foi uma doação que salvou a vida de Tiago Damásio. Após anos de sofrimento, o jornalista conseguiu realizar um grande sonho, mas somente depois de um evento transformador. Em outubro de 2018, o rapaz passou por um transplante duplo, de pâncreas e rim, que lhe trouxe novas perspectiva de uma existência com maior qualidade, movimento e independência.

Tiago contou a história de vida dele na última sexta (27). Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Diabético desde os oito anos de idade, o jornalista tornou-se dependente da hemodiálise aos 29 anos, após a paralisação total dos dois rins. Ele entrou na fila do transplante e enquanto esperava a doação levava uma vida de muitas privações.

Podia sair da cidade por até três dias, tempo máximo que poderia ficar sem fazer hemodiálise. Com isso, não conseguia fazer viagens demoradas. A hemodiálise ainda provocava anemia e fraqueza, impossibilitando-o de participar de festas, realizar atividades físicas e passeios que exigissem caminhadas mais longas. Tomar banho em uma cachoeira, então, estava bem longe das possibilidades de Tiago. 

Ao se tornar receptor de órgãos, em outubro de 2018, e ganhar autonomia e qualidade vida, o primeiro sonho da lista do jornalista era mergulhar no poço de uma queda d’água. E foi o que ele fez.

Em dezembro de 2018, Tiago viajou com a família para a Chapada dos Veadeiros (Alto Paraíso, em Goiás), fez trilhas e deu o tão sonhado mergulho em uma cachoeira. Ele tem muitos outros planos e sonhos a realizar, o próximo é fazer uma viagem internacional.

Processo

No Brasil, a doação de órgãos só é feita com autorização da família. Daí a importância deixar clara a vontade de ser um doador. “É preciso que as pessoas reflitam, proponham o diálogo e conversem com a família sobre seu desejo. É uma atitude capaz de trazer vida nova a muita gente, como aconteceu comigo”, reforça Tiago Damásio.

Neste Setembro Verde, mês destinado à conscientização sobre a doação de órgãos, a Secretaria de Saúde do DF, por meio da Central Estadual de Transplantes (CET), realizou atividades culturais e palestras para trazer à comunidade a discussão sobre a relevância deste ato. “A campanha pretendeu alertar e lembrar à população sobre a importância da doação e da mudança de vida proporcionada aos transplantado”, destaca o enfermeiro e gestor do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da CET, Anderson Galante.

A programação do Setembro Verde terminou na sexta-feira (27), Dia Nacional de Doação de Órgãos. Nessa data, além da mostra fotográfica, em curso na galeria de artes do Pátio Brasil Shopping, desde o dia 23, aconteceu, na praça central do Pátio, um talk show com Tiago Damásio, além de um show musical com Davi Ramiro, encerrando as atividades do Setembro Verde.

Dados

Informações da Central Estadual de Transplante mostram que, do início deste ano até o dia 25 de setembro, já foram realizados 448 transplantes. Foram 24 de coração, 68 de fígado, 290 de córnea, sete de pele e 59 de rim, sendo dez destes de doadores vivos.

Comparado ao mesmo período do ano passado, a doação de córnea teve um aumento de 49%, saindo de 194, em 2018, para 290 transplantes em 2019.

Doador

Existem dois tipos de doador, o vivo e o falecido. Qualquer pessoa que concorde com o ato pode ser um doador vivo, desde que a atitude não prejudique sua própria saúde, podendo doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.

Neste caso, pela lei, é possível doar apenas para parentes até o quarto grau e cônjuges (não parentes, só com autorização judicial). O segundo tipo é o doador falecido. São os pacientes com morte encefálica e a doação só acontece com autorização da família.

Com informações da Saúde-DF

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado