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Brasília

Secretaria de Cultura assume a organização do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Edital que selecionaria Organização da Sociedade Civil para executar a edição de 2020 do evento foi cancelado

Redação Jornal de Brasília

30/09/2020 19h11

O edital que selecionava uma Organização da Sociedade Civil (OSC) para promover o 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi cancelado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), nesta quarta-feira (30). A decisão foi tomada, pois o próprio órgão vai assumir a responsabilidade de organizar o evento, que está previsto para acontecer no mês de dezembro deste ano.

A secretaria entendeu que todo o processo de escolha foi feito dentro dos parâmetros de legalidade, mas o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, emitiu nota em que afirma: “Diante do clima criado que paira sobre o processo de seleção da OSC, que cumpriu todas as fases previstas, com transparência, inclusive fornecendo as fichas de avaliação da Comissão de Seleção aos concorrentes para montarem suas peças recursais, não é do interesse fazer um Festival de Brasília sem o clima colaborativo com a classe cinematográfica. Assim, opto pelo cancelamento do edital”.

Ainda segundo o secretário, “a realização da edição histórica do Festival, no ano de comemoração dos 60 anos de Brasília, ficará por conta da pasta, mantendo a tradição em respeito aos amantes da arte cinematográfica e ao que o festival significa para a história cultural da cidade”.

O cancelamento do edital segue o rito de publicação no Diário Oficial do Distrito Federal ainda nesta semana, anulando a homologação do Instituto Eu Ligo como o vencedor do certame.

Instituto lamenta cancelamento

O Instituto Eu Ligo (IEL) lamenta a decisão que resultou no cancelamento do edital do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Perde, e muito, a cultura do Distrito Federal e do Brasil.

O IEL esclarece que participou do certame que selecionou a Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável por produzir o evento com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), vencendo de forma lícita e transparente.

A pasta recebeu quatro propostas, algo que não ocorria desde 2017 – no ano passado, por exemplo, houve uma única candidatura. Com a adesão inédita, a Comissão de Seleção escolheu a melhor: a elaborada pelo Instituto Eu Ligo, que trouxe uma visão inovadora para o Festival, diferente daquilo que foi apresentado nos últimos anos.

A vitória do IEL representou uma quebra de monopólio na realização do Festival. E provocou desconforto naqueles que se consideram os donos do evento.

O Instituto Eu Ligo lamenta que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal tenha cedido às pressões de alguns setores que entendem que o Festival pertence a um grupo reduzido de pessoas, e não um patrimônio cultural da sociedade. A pasta errou ao se submeter a essas opiniões.

Mesmo diante da resistência demonstrada desde sua escolha, o IEL já estava trabalhando com afinco para levar ao público um Festival de Brasília surpreendente, em formato híbrido, com apresentações de filmes em cinemas drive-in do Plano Piloto e em regiões administrativas e plataforma virtual.

Perde o processo democrático, perde a lisura. O Instituto Eu Ligo, com 15 anos de trajetória, seguirá sua missão de atender à sociedade dentro de suas obrigações estatutárias, promovendo assistência social; promovendo e desenvolvendo gratuitamente manifestações culturais, intelectuais, artísticas e literárias, bem como em defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; e promovendo gratuitamente a educação.

Com informações são da Agência Brasília

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