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Brasília

Saúde e IGESDF realizam força-tarefa de cirurgias no Hospital de Base

O segundo começou na terça-feira (21) e vai até sábado (25), beneficiando mais 40 pacientes que aguardavam cirurgia urológica

Redação Jornal de Brasília

24/07/2020 12h41

Foto: Davidyson Damasceno/ Agência IGESDF

Iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) e da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) busca acelerar o atendimento de pacientes que não foram diagnosticados com covid-19 e estão internados por outras razões. Por isso, serão realizadas força-tarefas da saúde com foco na desospitalização de pacientes começaram a ser realizados no Hospital de Base para atender internados em toda a rede pública de saúde no DF.

O primeiro foi realizado no Hospital de Base, durante o último final de semana (17 e 18 de julho), quando 46 cirurgias foram feitas entre cateterismos e angioplastias. O segundo começou na terça-feira (21) e vai até sábado (25), beneficiando mais 40 pacientes que aguardavam cirurgia urológica. Com isso, 86 pacientes já foram beneficiados.

A ideia é que os mutirões ocorram sempre no Hospital de Base, unidade de alta complexidade da rede. Nas próximas semanas, os mutirões serão de ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, além da oncologia, cardiopatias e neurologia que são referenciados pela SES-DF para o HB.

“Sabemos do impacto que o coronavírus está causando em todo o sistema de saúde, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Também temos consciência de que as outras doenças continuam. Por isso, vamos fazer esses mutirões sem deixar de cuidar da covid-19, área que já recebeu muitos investimentos para garantir o atendimento da população”, ressaltou o diretor-presidente do IGESDF, Sergio Costa.

O gerente Geral de Assistência do Hospital de Base (HB), Lucas Seixas, destacou que o foco dos mutirões é fazer com que os pacientes tenham suas cirurgias realizadas e permaneçam o menor tempo possível no ambiente hospitalar.

“Vamos trabalhar com foco e mecanismos para minimizar os impactos do coronavírus no dia a dia dos hospitais da rede. Apesar de as cirurgias eletivas estarem suspensas, não vamos deixar os pacientes que já estão internados e aguardando cirurgias, desassistidos”, afirmou o gerente.

Foto: Davidyson Damasceno/ Agência IGESDF

Força-tarefa na hemodinâmica

Para a ação que ocorreu no final de semana, o Núcleo de Hemodinâmica organizou protocolos para que os pacientes contemplados pelo atendimento realizessem os procedimentos com toda a segurança.

De acordo com o chefe do núcleo, Raphael Lanza, todos os pacientes beneficiados passaram por testes rápidos para descartar qualquer possibilidade de contaminação por coronavírus.

“Quatro médicos, dois enfermeiros e cinco técnicos em enfermagem fizeram revezamento para a realização dos procedimentos. Além disso, todas as precauções foram tomadas”, explicou.

Para pacientes como a dona Jordelina Suares, de 75 anos, a ação veio em boa hora. “Estou internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) há 20 dias. Sofro com problemas cardíacos já há algum tempo e esse procedimento vai me auxiliar bastante. Estou muito feliz de ter conseguido esse atendimento”, declarou.

O Núcleo de Hemodinâmica do HB funciona diariamente, inclusive aos finais de semana, de 7h à meia-noite, para dar todo suporte possível à rede de saúde pública do DF.

Cateterismo

O cateterismo cardíaco é considerado um procedimento invasivo e utiliza uma sonda ou cateter para identificar doenças obstrutivas, bem como obter detalhes anatômicos das cavidades ou das válvulas do coração.

Urologia

O médico urologista, Guilherme Coaracy, destaca que no início da pandemia o fluxo de atendimentos cirúrgicos estava sendo mantido, porém, com o aumento dos casos, foi preciso realizar a diminuição dos procedimentos.

“A pandemia impactou na prestação de serviço de várias maneiras. Mas, agora com a força-tarefa conseguiremos tirar os pacientes represados em fila, principalmente no pronto-socorro, e com doenças como câncer urológico que estavam aguardando”, destacou o médico.

O motorista Giordano Guerra Santiago, 43 anos, que aguardava um procedimento de retirada de pedras na bexiga há pouco mais de dois meses foi um dos contemplados pela força-tarefa.

“Logo que o diagnóstico foi definido, o médico me falou sobre a possível demora do procedimento devido à pandemia. No entanto, essa ação que o HB está realizando me trouxe alívio já que meu caso não sofrerá piora”, comemora.

Logística

Para realizar a força-tarefa, a Superintendência Operacional do Hospital de Base preparou insumos, almoxarifado, mobilidade, transportes, gestão de leitos e equipes assistenciais, que trabalham diuturnamente.

 

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