Aline Rocha
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Somente nos primeiros cinco meses de 2019, das 300 mil ligações recebidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 26.233 eram trotes. A grande maioria (6.662) aconteceu durante as férias escolares, em janeiro. O Samu acredita que, no mês de julho, a quantidade seja semelhante. Esse é um assunto abordado no projeto Samuzinho, voltado às crianças.
Na maioria dos casos de trotes, a equipe consegue identificar que a ligação é falsa antes de deslocar a equipe. “Inicialmente, pelos técnicos auxiliares de regulação médica, quando as informações passadas pelo solicitante não são coerentes, como endereço inconsistente”, diz.
Eles afirmam, também, que os próprios médicos conseguem prever a incoerência da queixa clínica, quando a vítima não está no local ou não existem informações sobre o solicitante.
Quando os filtros não são suficientes, a viatura se desloca para uma ocorrência com vítima inexistente, identificando o trote apenas na chegado ao local. Além de tirar a vez de quem realmente precisa, ainda há o gasto desnecessário do recurso público.
Em todo o ano de 2018, das 903 mil ligações recebidas pelo Samu, 78 mil foram trotes. Entre janeiro e maio daquele ano, foram mil a menos do que no mesmo período de 2019: 25 mil ligações com ‘vítima’ inexistente.
Com informações de Agência Brasília