Após quase um mês de obras, os skateparks das praças do Residencial Parque do Riacho foram concluídos e estarão liberados para a população neste sábado (15). O espaço é localizado no Riacho Fundo II e será mais uma opção de lazer para a comunidade.
Conhecido pelos praticantes de skate como “bowls”, a arquitetura lembra piscinas. Ali os skatistas entram e fazem as manobras. Porém, quando chovia, a água acumulava e o ralo não suportava o volume de água.
Diana Dantas, é síndica de um dos condomínios do residencial e lembrou como era a situação com as chuvas. “Ficava tudo igual a uma piscina, as crianças até queriam brincar nelas. Às vezes, tínhamos que pedir para a administração esvaziar as pistas com caminhões-pipas. Demorava semanas para a água escorrer”.
Residenciais e praças
O Residencial Parque do Riacho é um projeto da Companhia Habitacional do Distrito Federal (Codhab) entregue entre 2014 e 2016 para 5,9 mil famílias de baixa renda. É formado por 42 condomínios de seis a dez prédios de quatro andares cada. Entre os condomínios há 18 praças abertas à comunidade com equipamentos de lazer, como parquinhos infantis, quadra de esportes e de areia e aparelhos de ginástica.
Em sete delas há pista de skate, seis do tipo bowl e uma com a pista half pipe, em formato de “U”, com paredes que compõem uma rampa e ficam acima do solo – desta forma, não há acúmulo de água. O problema da inundação ocorria em cinco pistas bowl, em uma delas o ralo é ligado diretamente aos canos do sistema de drenagem pluvial.
Agora, o sistema de captação de água da chuva está sendo readequado. No fundo de cada pista havia uma caixa de amortecimento e infiltração, uma espécie de reservatório que acumulava a água até que ela infiltrasse no solo. Elas tinham 1,20 metro de largura por 1,20 metro de profundidade, o que respeitava as normas técnicas, mas não era suficiente para o escoamento da água.
Novo armazenamento de água
Essas caixas foram aumentadas: agora têm 1,40 metros de largura e 4 metros de profundidade, o que aumentou para 6.750 litros a capacidade de armazenamento de água. As grelhas dos ralos também têm mais buracos, agora maiores. “As praças foram executadas depois dos prédios, entregues em 2018 e 2019; com o passar do tempo e o acúmulo de folhas e de terra, a água começou a ficar empoçada”, relata o gerente de obras da Codhab, Marcus Fernandes Pereira. “As pessoas também jogavam lixo nas pistas”, ressalta.
O trabalho ainda estava na garantia e foi feito sem custos pela MG Engenharia, empresa que recebeu cerca de R$ 9 milhões para construir 14 das 18 praças do residencial. Durante toda esta sexta-feira (14), após o fim das obras, funcionários da empresa fazem a limpeza das pistas que foram reparadas.
A síndica do Condomínio 42 diz que as praças são praticamente a única opção de lazer da comunidade. Ela conta que, em dias de sol, os locais ficam lotados de crianças, jovens e adultos. “Agora, acho que resolveu”, elogia. “Ontem [quarta-feira, 12] choveu muito, e não tem nenhuma poça d’água”.
Com informações da Agência Brasília