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Brasília

Racionamento de água na região da saída norte preocupa distritais

João Cardoso afirmou que o racionamento de água na saída norte preocupa e que o governo teve tempo sobra para planejar maneiras de evitar a recarga dos aquíferos

Redação Jornal de Brasília

08/10/2019 20h04

Da Redação
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De acordo com a Câmara Legislativa do DF um dos assuntos abordados pelos deputados distritais na sessão ordinária desta terça-feira (8) foi o possível racionamento de água na região da saída norte. Os deputados Leandro Grass (Rede) e João Cardoso (Avante) manifestaram preocupação com a possibilidade da falta de água e criticaram o anúncio do governo de construção de um novo setor habitacional na região, a cidade Urbitá, que poderá abrigar até 120 mil pessoas.

Leandro Grass informou que a Caesb já apresentou à Adasa um plano de restrição de fornecimento de água para as áreas abastecidas pela bacia do Pipiripau, com previsão de cortes no abastecimento da região norte, próximo a Sobradinho. O possível racionamento afetará diversos condomínios e centenas de moradores ficarão sem água. Para Grass, a crise hídrica tem total relação com a falta de planejamento urbano, a ocupação desordenada e a grilagem de terras. “Apesar dos avisos, o descontrole continua”, lamentou condenando a criação da cidade Urbitá, anunciada pelo governador, apesar da crise hídrica.

O deputado João Cardoso afirmou que o racionamento de água na saída norte preocupa. Na opinião dele, o governo teve tempo sobra para planejar maneiras de evitar a recarga dos aquíferos, mas não fez o seu trabalho e, “mais uma vez, a população vai sofrer”. O distrital também criticou a construção da nova cidade e disse que ainda vai estudar melhor o assunto, já que “a propriedade da área ainda está cercada de dúvidas”. De qualquer modo, para ele, a região da saída norte não tem recursos hídricos para mais uma cidade.

A deputada Arlete Sampaio (PT), do bloco Democracia e Resistência, disse que visitou algumas unidades que prestam serviços de saúde mental e constatou que pessoas sem a menor condição estão ocupando os postos de direção, gerando indignação no corpo técnico. “É normal que o governo consiga emprego para seus aliados, mas tem que ser obedecido um mínimo de critério técnico. Tem que levar em consideração a capacidade técnica”, ponderou.

O deputado Jorge Vianna (Podemos), líder da Maioria, afirmou que o assédio moral existe de forma sistemática na secretaria de Saúde. Para enfrentar o problema, Vianna apresentou projeto de lei que estabelece que o assediador fica proibido de assumir cargo de chefia. “Não é possível que a secretaria não consiga combater este crime que está debaixo das barbas. Cadê a equipe do governo? Não é possível que não estejam vendo os vídeos nas redes sociais os casos de assédio”, reclamou ele, citando vários casos de assediadores que foram transferidos para outros cargos de chefia. “Será que faltam pessoas qualificadas para assumir os cargos?”, questionou.

O deputado Delmasso (Republicanos) voltou a defender a valorização da carreira de assistência à educação. O distrital apresentou uma comparação das tabelas salariais de diversas categorias. Segundo o levantamento, a carreira de assistência à educação é a que tem o menor piso salarial, de apenas R$ 1.970,00. A carreira em segundo lugar já tem um piso que é o dobro deste valor. Delmasso destacou que a carreira é responsável pela gestão dos contratos e das escolas. “É inadmissível que uma carreira tão importante tenha um piso tão baixo na capital da República”, exclamou, cobrando do governo a abertura de diálogo para discutir minuta de projeto para valorizar a carreira. A ideia é utilizar a mesma tabela da carreira de políticas públicas e gestão governamental, que exerce atividades similares.

Ainda nesta terça-feira, o deputado Rafael Prudente (MDB) destacou a eleição da nova executiva nacional do MDB, com a eleição quase unânime do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) como presidente da legenda. Para ele, o partido saiu gigante da convenção e terá um retorno positivo nas próximas eleições. Prudente também informou que o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM- RJ) deu a entender, durante jantar em sua residência, que não deverá pautar a PEC que altera o Fundo Constitucional do DF.

O deputado Roosevelt Vilela (PSB) comemorou afirmação do presidente Jair Bolsonaro garantindo aumento igualitário para polícia civil e PM do DF. A informação teria sido divulgada em um vídeo do presidente. Vilela anunciou que vai solicitar ao governador que solicite imediatamente a reposição de 37% para todas as categorias da segurança pública do DF.

A possibilidade do reajuste também foi elogiada pelo deputado Hermeto (MDB). Segundo ele, o governador já garantiu que encaminhará a proposta o mais rapidamente possível.

O deputado Eduardo Pedrosa (PTC) parabenizou o governador por anunciar o envio de projeto de isenção de IPVA para carros elétricos. O distrital avalia que a utilização dos carros elétricos tem grande potencial de desenvolvimento, geração de empregos e proteção ao meio ambiente.

A iniciativa também foi elogiada pela deputada Julia Lucy (Novo). Segundo ela, somente a utilização de carros elétricos na frota oficial deve gerar uma economia de 8 milhões por ano, além de contribuir com a redução de emissão de poluentes.

Julia Lucy tratou ainda da situação do Hospital Regional da Asa Norte, que classificou como “preocupante”. Entre os problemas relatados, está o ar condicionado parado há meses e que é o mesmo de 34 anos. Segundo ela, o Hospital vem solicitando reparos, mas o equipamento precisa ser substituído.

O deputado Fábio Felix (PSOL) destacou as eleições para conselheiros tutelares realizadas no último domingo e que contou com a participação de mais de 150 mil eleitores. O distrital enalteceu o papel dos conselheiros na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Felix elogiou a secretaria de Justiça pela organização do pleito, que contou com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As eleições também foram elogiadas pelo deputado Delmasso, que destacou o uso de urnas eletrônicas.

Com informações da CLDF. 

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