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Brasília

Protetores acrílicos são doados a três hospitais públicos

Caixas são colocadas em pacientes com coronavírus a fim de proteger profissionais de saúde durante os procedimentos

Redação Jornal de Brasília

23/04/2020 16h24

Três professores do Instituto Federal de Brasília (IFB) estão produzindo caixas protetoras de acrílico, com o objetivo de proteger os profissionais da saúde que cuidam diretamente dos pacientes infectados pelo coronavírus. Os objetos, chamados de Covid-19 Box, serão doados a rede pública de hospitais. 

“As caixas são utilizadas pelos profissionais como uma barreira física nos procedimentos de intubação, quando os pacientes estão contaminados por doenças infectocontagiosas, especialmente pelo novo coronavírus, mas podem ser utilizadas posteriormente, no atendimento a casos de tuberculose ou hepatite, por exemplo”, explica o professor do IFB Campus de Samambaia Frederico Souza, um dos idealizadores do projeto.

Como funciona

Como medida emergencial, o paciente é colocado dentro da caixa e os profissionais de saúde manipulam e examinam através dos círculos por onde passam os braços.

“Essa caixa dá uma proteção a mais para o profissional que precisa fazer algum procedimento mais próximo do paciente”, explica o secretário-adjunto de Assistência, Ricardo Tavares. “No momento da intubação, várias gotículas de saliva podem ser expelidas e atingir o profissional, mesmo que ele esteja com o protetor facial.”

Ricardo lembra a importância da constante higienização da caixa e frisa que ela não dispensa o uso de outros equipamentos de proteção individual (EPIs).

Já foram produzidas e doadas cinco unidades da Covid-19 Box. Duas unidades foram doadas ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), duas para o Hospital Regional de Samambaia (HRSam) e um protótipo, que em breve será substituído por uma caixa definitiva, para o Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Recursos a caminho

As caixas estão sendo fabricadas com o valor arrecadado em doações. “Estamos esperando um recurso do IFB [edital interno] e da Secretaria de Tecnologia do Ministério da Educação. Quando recebermos, vamos fabricar um total de 65 caixas”, informa o professor Frederico.

Frederico tem produzido os modelos em parceria com os professores Carlos Petrônio e Paula Dornelles, todos do campus de Samambaia do IFB. “Optamos por poupar os nossos alunos por questões de segurança, nesse primeiro momento”, afirma. O trabalho tem a orientação de equipes dos hospitais-referências do DF.

As caixas são feitas de acrílico cristal, com 5mm e 3mm de espessura, e têm as peças cortadas a laser. O tempo médio de produção de cada caixa é em torno de três horas. É possível fazer de três a cinco caixas por dia, dependendo do apoio de voluntários.

Cada unidade de Covid-19 Box custa em torno de R$ 400 para ser produzida, mas a equipe de professores está aprimorando o projeto para que ela custe um valor próximo a R$ 300. Segundo Frederico, a proteção acrílica ainda está em fase experimental, mas já se sabe que esse tipo de caixa é utilizado em outros países.

* Com informações da Agência Brasília 

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