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Brasília

Proprietário da residência em chamas também morre

Após perder a enteada Kyara, Daniel Pereira não resistiu na manhã de ontem

Lucas Neiva

26/02/2020 5h29

Fachada de casa incendiada em Samambaia. foto : Lucas Neiva

Na manhã de ontem, foi confirmada a morte de Daniel Pereira Lopes, 35 anos, que era proprietário da residência que pegou fogo na QR 425 de Samambaia na noite do último domingo, em que sofreu graves ferimentos ao tentar resgatar sua filha e enteados. É a segunda morte provocada pelo incêndio, que também vitimou sua enteada Kyara Pereira, de apenas dois anos.

Até o fechamento desta edição, sua filha de seis meses resgatada por um vizinho e o enteado de quatro anos resgatado por ele estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Hospital de Base de Brasília (IHBB), onde a filha havia chegado com poucos ferimentos e expectativa de melhora, mas o estado do enteado, que já era grave, havia piorado, o que pode resultar em mais óbitos devido ao incêndio na casa na Região Administrativo de Samambaia.

Por volta das 20h de domingo, a casa de Daniel Lopes, 35, e sua esposa, Romária da Silva, 31, havia pegado fogo enquanto o casal estava na padaria. A vizinhança reuniu esforços para conter o incêndio, e um dos vizinhos chegou a se arriscar entrando na casa para tirar a filha do casal de dentro do fogo depois de Daniel sair gravemente ferido após uma tentativa de resgate. A outra enteada, de dois anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no próprio domingo, dia 23, que ficará marcado com tristeza na família e na vizinhança.

Tristeza total

O enterro de Kyara aconteceu na tarde de ontem, e hoje Daniel será enterrado junto ao túmulo de seu pai no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Alguns vizinhos atribuíram a tragédia à demora no atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que desconfiou de trote ao receber as ligações por socorro.
Até o fechamento desta edição, no entanto, a reportagem do Jornal de Brasília não obteve resposta oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal sobre as queixas da vizinhança, devido ao descaso e “acharem que não se passava de um trote”.

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