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Brasília

Projeto promete levar consultório odontológico aos mais necessitados

Arquivo Geral

18/10/2018 7h00

Foto: Raianne Cordeiro/Jornal de Brasilia

Rafaella Panceri
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Um consultório odontológico portátil promete levar acesso à saúde básica a idosos, indígenas, quilombolas e moradores de áreas rurais do País nos próximos 60 dias. A solução conseguiu compactar o consultório de um dentista em uma maleta, possível de carregar no porta-malas de um carro ou ser despachada como bagagem em um avião. O projeto, financiado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (Mctic), une solidariedade e alta tecnologia a custos reduzidos.

O investimento do Governo Federal no projeto foi de R$ 43 mil. Já a empresa D’Express, responsável pelo desenvolvimento científico, empenhou R$ 66 mil. A Embrapii, por sua vez, desembolsou R$ 20 mil. No mercado, o consultório móvel custará até R$ 26 mil. O consultório está exposto na 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até o próximo domingo.

“Esse projeto comunica a uma pessoa que não tem acesso a um dentista ou que não pode se locomover por algum motivo que as políticas públicas para saúde da família têm condições de oferecer tratamento básico. Não é justo que pessoas padeçam de dores por falta de acesso. Nossa intenção é levar saúde à população”, declara a assessora científica da D’Express e especialista em odontogeriatria, Fanny Jitomirski Aker.

Segundo Aker, o projeto está na fase de obter certificações. A solução foi testada e utilizada, de maneira mais rudimentar, em centenas de procedimentos pelo País. “Desde 1986, por meio de uma empresa familiar, damos atenção à geriatria. Em 2001 patenteamos a ideia”, conta.

O consultório móvel é mais econômico que um convencional porque não necessita de compressor de ar. O equipamento é básico para que um dentista exerça a profissão. Ao se tornar desnecessário, é possível que o dentista trabalhe em hospitais, porque o risco de contaminação é zero. Além disso, a estrutura é ergonômica: a mesa de trabalho é montada na altura de uma pessoa sentada, sem necessidade de cadeiras com ajuste de altura ou mesa de apoio.

Para a Embrapii, o projeto representa o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2018: ciência para a redução das desigualdades.

“Pessoas com doenças como Alzheimer, Parkinson, AVC, problemas circulatórios, entre outros, podem ser beneficiadas quando recebem tratamento odontológico com a moderna tecnologia”, declarou a instituição, por nota.

Saiba Mais

Na abertura da Semana de Ciência e Tecnologia, realizada na última terça-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, declarou que “a ciência é a principal mola propulsora do desenvolvimento”. Para o chefe da pasta, “não há país no mundo que tenha superado dificuldades, melhorado a qualidade dos serviços oferecidos à população, que não tenha adequadamente investido em ciência, tecnologia e inovação”. Ele enfatizou a necessidade de ampliar os investimentos da iniciativa privada e a liberação de mais recursos públicos para o setor.

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