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Brasília

Procuradoria da CLDF não vê “fato determinante” para abertura de CPI da Pandemia

Desta forma, procuradoria recomenda que CPI não seja aberta. Agora, cabe ao presidente da Casa, Rafael Prudente, decidir

Willian Matos

08/09/2020 11h45

A Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) respondeu, nesta terça-feira (8), sobre a possível abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os supostos casos de corrupção na Secretaria de Saúde. Para o órgão, não há “fato determinante” para a instalação da CPI e, por isso, eles não recomendam que a investigação seja aberta.

Foto: Reprodução

A Procuradoria entende que investigar os atos praticados pelo Poder Executivo do Distrito Federal, referentes às supostas fraudes na compra de testes de detecção da covid-19, não está dentro das hipóteses que autorizam a instalação de uma CPI.

Agora, cabe ao presidente da CLDF, Rafael Prudente, aceitar ou não a recomendação da Procuradoria.

O pedido de abertura é de autoria do deputado federal Leandro Grass (Rede). Caso aberta, a CPI terá duração de seis meses, prorrogáveis pelo mesmo período.

Veja o documento na íntegra:

Parecer da Procuradoria sobre CPI da Pandemia by Jornal de Brasília on Scribd

Falso Negativo

A abertura da CPI da Pandemia vem sendo solicitada com ainda mais força desde que o Ministério Público (MPDFT) realizou uma operação que acabou por prender cinco membros da Secretaria da Saúde — entre eles o secretário Francisco Araújo.

Segundo o MP, alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes de covid-19 IgG/IgM de baixa qualidade e com preços superfaturados. Por isso, o nome da operação é “Falso Negativo“.

Além de Francisco Araújo, estão presos:

  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde;
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde;
  • Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde;
  • Jorge Antonio Chamon Junior, diretor do Lacen.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, teve pedido de habeas corpus aceito e responde em liberdade. O subsecretário de Administração Geral da SES, Iohan Andrade Struck, alega estar em isolamento por suspeita de covid-19 e é considerado foragido.

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