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Brasília

Privatização da CEB: preço mínimo será R$ 1,4 bilhão

Conselho da CEB Distribuidora aprovou convocação de uma assembleia geral extraordinária

Redação Jornal de Brasília

28/09/2020 7h54

Hylda Cavalcanti e Willian Matos
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A Companhia Energética de Brasília (CEB) divulgou oficialmente, na manhã desta segunda-feira (28), que a privatização da CEB Distribuição, braço da empresa responsável pelo fornecimento de energia em Brasília, deverá ter um preço mínimo de venda de R$ 1,42 bilhão. A decisão está publicada no Diário Oficial do DF (DODF).

O Conselho de Administração da CEB aprovou a convocação de Assembleia Geral Extraordinária com vistas à aprovação da alienação de 100% das ações representativas do capital social total votante da CEB Distribuição S.A. (“CEB-D”).

O GDF pretende consolidar a terceirização dos serviços ainda este ano. Em fevereiro de 2020, o governador Ibaneis Rocha já havia declarado que a privatização da CEB era uma das prioridades da gestão.

Conforme informações da estatal, esse valor estabelecido é referente à média dos resultados líquidos das duas avaliações econômico-financeiras elaboradas por consultorias autônomas, contratadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em agosto passado, a CEB assinou com o BNDES um contrato de prestação de serviços para estruturação do projeto de alienação do controle societário da CEB Distribuição.

A CEB Distribuição é controlada por uma holding, formada pelo Governo do DF, com 80% das ações e 20% referente a ações do mercado.

Demonstraram interesse em participar do leilão as empresas CPFL, Neoenergia, Equatorial, Energisa, Enel e EDP. A expectativa é de que, após a privatização, a CEB holding passe a concentrar seus negócios em iluminação pública e em geração de energia, que são, segundo explicaram analistas, operações consideradas mais rentáveis e menos arriscadas.

Prioridade de governo

A CEB Distribuição é, atualmente, responsável pelo fornecimento de energia elétrica a 1,1 milhão de consumidores no DF. A estatal lançou recentemente um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para cortar 120 empregados do seu quadro funcional.

Desde o início do ano, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tem dito que considera a privatização da estatal “irreversível” e uma das prioridades de sua gestão.

O governador sempre afirma, em declarações sobre o tema, que estudou profundamente o caso da empresa e considera a situação financeira lá observada “gravíssima”, em razão dos débitos de mais de R$ 2 bilhões.

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