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Brasília

Hospital Veterinário Público do DF começa a realizar atendimentos em Taguatinga

Arquivo Geral

05/04/2018 15h10

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Matheus Venzi
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O Hospital Veterinário Público do Distrito Federal (HVet) foi inaugurado na manhã desta quinta-feira (5) e já iniciou as atividades com atendimentos a cães e gatos domésticos. A direção estima que a unidade, localizada em um prédio próximo ao Parque Lago do Cortado, em Taguatinga, atenderá 400 animais diariamente.

O hospital não será administrado pelo Governo de Brasília. A gestão será feita por uma entidade sem fins lucrativos, vencedora de um chamamento público, a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa).

A unidade é a primeiro do tipo no Brasil fora de São Paulo e uma das maiores da America Latina. Serão realizados atendimentos ambulatoriais, medicações, cirurgias de baixa complexidade, internações, ultrassom, raio x, entre outros procedimentos. O foco é o público de baixa renda ou escrito em programas sociais. Por isso, é importante que a pessoa compareça no local com o comprovante de residência e o cartão do benefício caso seja participante, além do cartão de vacinação do animal.

Pelo menos dez profissionais já começaram a atender. A rotina operacional ainda está sendo definida, entretanto, a tendência é que as senhas sejam distribuídas entre 6h a 10h e os atendimentos sejam realizados das 8h até as 17h. Por enquanto, no fim de semana o hospital fica fechado.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Igor Tokarski, com a iniciativa o DF entra na vanguarda do tratamento de animais domésticos. “Isso também irá refletir na saúde das pessoas. Os animais são tratados com tanto carinho que são considerados um membro da família, devido a esse fato, teremos uma redução nas doenças psicológicas e no stress dos donos. Além do mais, o número de doenças transmitidas por esses animais para os seres humanos também vai diminuir”, explica.

O prédio de 540 m² começou a ser construído há quatro anos através da iniciativa privada. O investimento da obra chegou na casa dos R$ 750 mil através de uma compensação ambiental. Para a gestão, o GDF irá repassar anualmente a instituição responsável aproximadamente R$ 2 milhões.

O vigilante Flavio Junior de Castro, 28 anos, comemorou a iniciativa e disse que é muito importante tem um lugar público para tratar os animais dos cidadãos. “Muita gente procurava antes e não tinha. Quando a situação do animal está grave somos obrigados a levar no veterinário e temos que se virar paga pagar porque o custo é alto”, complementa. Segundo ele, a internação dos animais é um dos elementos mais caros.

O cão dele, o pastor belga Zulu de um ano e meio, estava sem comer e com fraqueza. Então, Flávio trouxe o animal até o Hvet para tirar sangue e fazer alguns exames. “Agora ele está tomando soro e melhorou um pouco, só vou saber dos resultados [dos exames] amanhã”, declara.

Já a dona de casa Dalila Merli, 46, trouxe o pequeno  Shih Tzu Piclkles, que estava com um machucado no olho. “Eu vim porque não tenho condição de levar no veterinário. Eu acho que o trabalho deles é muito bem feito e a remuneração é merecida. Mas, é algo que custa caro. A população é quem vai ganhar com isso”, frisa.

Na opinião de Dalila, o Hvet tem tudo para ser um sucesso. “Se continuar do jeito que tá tem tudo para dar certo. A fila demora um pouco, mas, é por causa dos atendimentos emergenciais que passam na frente”, cita.

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