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Brasília

Preso em operação da PF é dono de OSs e ajudou campanha eleitoral de Rollemberg

Arquivo Geral

24/09/2016 12h44

Empresas de Mohamad Moustafa, preso em operação da PF e da CGU, ajudaram financeiramente campanha do governador Rodrigo Rollemberg (Foto: Reprodução)

Proprietário de duas organizações sociais (OSs) que pretendem assumir parte da administração da Saúde no Distrito Federal, o empresário e médico Mohamad Moustafa, preso pela Polícia Federal na última terça-feira (20), em Manaus, fez doações no valor de R$ 300 mil à campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), em 2014. A informação foi revelada na manhã deste sábado (24), pelo portal Metrópoles.

De acordo com a publicação, Moustafa é gestor da Sociedade Integrada Médica do Amazonas (SIMEA) e da Salvare Serviços Médicos, que já realiza atendimento no DF e mantém uma unidade na 706 Norte, às margens da via W3. Investigações da PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da operação “Maus Caminhos”, apontam que as empresas formam o Instituto Novos Caminhos (INC) – entidade suspeita de desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Relatório de tomada de contas divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirma que a SIMEA e a Salvare injetaram, juntas, R$ 300 mil na campanha eleitoral de Rollemberg. O montante foi dividido em quatro transferências eletrônicas, em setembro de 2014. Detalhe: ambas empresas passaram por processo de qualificação no fim do ano passado, pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

Ao Metrópoles, a assessoria de imprensa do governador explicou o motivo de ter reconhecido as empresas como OSs. Em nota, o governo disse que “lança editais para a qualificação de organizações sociais em várias áreas. A qualificação é realizada de forma técnica e impessoal e inclui análise de documentação, avaliação técnica e a comprovação de idoneidade da OS”. O GDF descartou ainda que Rodrigo Rollemberg possuí algum tipo de vínculo com o empresário Mohamad Moustafa.

Operação Maus Caminhos

A força-tarefa da PF e da CGU identificou que o Instituto Novos Caminhos foi beneficiado ilicitamente com recursos dos Fundo Estadual de Saúde do Estado do Amazonas. Entre abril de 2014 e dezembro do ano passado, foram repassados ao INC mais de R$ 276 milhões. No entanto, foi constatado que a entidade recebeu ilegalmente R$ 153 milhões a mais para a gestão de 165 leitos de baixa complexidade no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. De acordo com os investigadores, Moustafa se comprometia a fazer negociações com o governo do Amazonas para ter acesso às verbas públicas de saúde.

A reportagem completa do portal Metrópoles pode ser conferida ao clicar neste link.

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