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Brasília

Prata histórica

Arquivo Geral

25/07/2007 0h00

Boliche exige concentração. E concentração pede silêncio. Porém, o último pré-requisito foi ignorado, ontem, no Barra Bowling, pela barulhenta torcida brasileira. Empolgada, a galera aproveitou-se da proximidade com os atletas inscritos na disputa para fazer empurrar o País a uma conquista inédita.

Apesar do som histérico a cada strike, o paulista Fábio Rezende e o paranaense Rodrigo Hermes “taparam os ouvidos” e conquistaram a prata na categoria duplas da modalidade, nos Pan do Rio. A primeira na história do boliche brasileiro no evento. Com 5.102 pinos, após 12 rodadas realizadas, eles ficaram atrás somente da dupla dos EUA, formada por Cassidy Schaub e Rhino Page (5.260). A medalha de bronze ficou com os dominicanos Victor Richards e Rolando Sebelen (5.048).

Na seqüência, as brasileiras Jacqueline Costa e Roseli Santos terminaram na quarta colocação no torneio de duplas femininas. Anotaram 4.874 pinos (2.477 de Jacqueline e 2.397 de Roseli), contra 4.935 das mexicanas Adriana Perez e Sandra Gongora, medalhas de bronze. O ouro brilhou no peito da parceria norte-americana. Porto Rico faturou prata.

Torcida personalizada

Na semifinal de segunda-feira, Fábio Rezende e Rodrigo Hermes ocupavam o terceiro lugar. Mas ontem, o apoio familiar e de amigos fez a diferença na conquista da prata. Na pista,  Rodrigo Hermes vibrava cada vez que os pinos caíam. Comedido, Fábio Rezende controlava a empolgação para manter a concentração. Do lado de fora, a esposa dele, Suzana Pini, não perdia um lance sequer.

“Depois da morte do Fernando Rezende, irmão do Fábio, os familiares não acompanham tanto o boliche. O irmão dele já foi campeão mundial”, revelou Suzana. “O Fábio está sendo bem sucedido no que se propôs”, elogiou.

Os pais de Rodrigo Hermes saíram de Curitiba para torcer pelo filho, praticante do boliche desde os 11 anos. “Tudo pra ele era Pan-Americano e medalha”, emocionou-se a mãe, Carmem Hermes.

A bolicheira Marizete Scheel, 33 anos, saiu de Brasília para assistir o dia histórico dos colegas. Ela joga há 14 anos, e lamenta a falta de incentivo ao Boliche na capital do País. “Não há  manutenção adequada das pistas. Não dão desconto para os federados”.

Emocionado ao saber da medalha de prata para a parceria brasileira, Rodrigo Macedo, amigo da dupla, cantou o coro “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” e comentou. “Os dois se completam. Rodrigo tem jogo físico melhor. Fabio é focado, tem boa concentração”.


*Da parceriaJornal de Brasília com a Universidade Católica de Brasília





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