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Brasília

Por Pandemia, Dia do Holocausto é lembrado de forma diferente em todo o mundo

Uma projeção com os dizeres “Holocausto Nunca Mais” cobriu a frente das torres do Congresso Nacional

Redação Jornal de Brasília

20/04/2020 19h32

Berthe Badehi, que viveu escondida durante a Segunda Guerra Mundial, agora se tranca entre as quatro paredes de sua casa para evitar o coronavírus.

Para os sobreviventes confinados, o Dia do Holocausto será este ano digital, antecipando um futuro em que as vítimas do nazismo serão apenas hologramas.

Aos 88 anos, Badehi ia diariamente ao Yad Vashem, o centro memorial israelense em Jerusalém dedicado às milhões de vítimas do genocídio judeu pela Alemanha nazista. Mas a pandemia a obriga a ficar em casa.

Além disso, o Yad Vashem fechou suas portas ao público e não realizará nenhum evento para o Yom Hashoah, “Dia do Holocausto”, que é recordado em Israel desde o crepúsculo desta segunda-feira (20) até terça-feira à noite.

O mesmo acontecerá em várias cidades do mundo, onde os sobreviventes do nazismo lutam desta vez contra um vírus que ataca principalmente as pessoas mais velhas.

“Experimentamos coisas difíceis em nossas vidas. Na França, durante a guerra, escondíamos nossa identidade, vivíamos com medo e perdemos contato com nossas famílias”, relata Badehi.

“Hoje estamos trancados, mas com telefones, internet (…) temos contato com nossos filhos e netos. Não é fácil, mas fazemos isso para permanecermos vivos. O que aprendi na guerra é cuidar de mim sozinha”, acrescenta.

No entanto, “é indecente comparar a ‘corona’ com o Holocausto, ambos não têm nada a ver”, diz Dov Landau, de 91 anos, sobrevivente do campo de Auschwitz.

“Hoje não temos fome nem sede, e homens, mulheres e crianças não correm o risco de serem queimados vivos. Sim, estou entediado, não posso viajar ou fazer compras, mas isso não é importante”, diz ele.

Homenagem em Brasília

Na noite desta segunda, a comemoração do Dia do Holocausto não passou em branco na capital federal. Uma projeção com os dizeres “Holocausto Nunca Mais” cobriu a frente das torres do Congresso Nacional.

Com informações da AFP

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