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Brasília

Policiais civis são suspeitos de darem regalias a membros da saúde presos

Diretor da carceragem do DPE, onde os membros da saúde estão presos antes de serem transferidos à Papuda, foi preso nesta segunda (31)

Redação Jornal de Brasília

31/08/2020 12h31

O diretor da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE/PCDF), Paulo Martins dos Santos, e um policial civil foram presos nesta segunda-feira (31). A dupla é suspeita de permitir regalias aos presos na operação Falso Negativo, que investiga fraudes na compra de testes para covid-19.

Um dos membros que estavam tendo regalias era o secretário-adjunto de Gestão em Saúde, Eduardo Seara Machado Pojo do Rego. Pojo estava recebendo a mãe e o amigo na carceragem. Só é permitida a visita de advogados.

A corregedoria da PCDF investigará a suposta ação criminosa dos agentes.

A cúpula da Saúde presa vai deixar a DPE e ser transferida para o Complexo Penitenciário da Papuda nesta terça-feira (1). Ao chegar, eles serão submetidos a testes de covid-19 e isolados por 14 dias como medida de prevenção. Todo preso que é encaminhado à Papuda está passando por este procedimento.

Relembre a operação

Na última terça-feira (25), o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, e outros cinco membros da pasta foram presos preventivamente. Segundo o MPDFT, responsável pela operação Falso Negativo, alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes IgG/IgM de baixa qualidade e com preços superfaturados.

Duas compras de testes são investigadas. Em uma delas, a fornecedora dos exames é uma empresa do ramo de brinquedos infantis. Ao todo, o prejuízo aos cofres públicos do DF gira em torno de R$ 18 milhões.

No DF, também foram presas outras quatro pessoas ligadas à Secretaria de Saúde e uma ligada ao Laboratório Central (Lacen). São eles:

  • Eduardo Hage, subsecretário de Vigilância à Saúde;
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde;
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde;
  • Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde;
  • Jorge Antonio Chamon Junior, diretor do Lacen.

O subsecretário de administração-geral da Secretaria de Saúde, Iohan Andrade Struck, também teve mandado de prisão expedido. No entanto, a defesa de Iohan alega que o subsecretário está em isolamento por suspeita de covid-19. Ele é considerado foragido. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, teve habeas corpus concedido pela Justiça e foi liberado na sexta (28).

Todos os envolvidos foram afastados pelo governador Ibaneis Rocha até o fim das investigações. O ex-secretário de Saúde Osnei Okumoto reassumiu a pasta de forma interina após a prisão de Francisco.

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