João Paulo Mariano
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Policiais civis da 24ª DP, da Ceilândia, prenderam um homem acusado de, pelo menos, três estupros, além de roubo. Todos os crimes foram cometidos na região do Incra 9, na Ceilândia, próximo a paradas de ônibus da região. Francisco Alexandre Lourenço, 28, é um antigo conhecido da Polícia e, inclusive, está em regime aberto há oito meses por ter cometido o mesmo crime no Estado de Goiás. Ao todo, essa primeira condenação deveria durar 29 anos.
O delegado Ricardo Viana, da 24ª DP, explica que o acusado sempre agia da mesma forma e atacava sempre às quintas feiras. Como ele cumpre pena no Estado de Goiás e mora em Luziânia, o homem precisava assinar documentos e fazer o acompanhamento do processo toda quinta-feira em Águas Lindas. Assim, na volta, saía de lá e atacava alguma mulher. A vítima escolhida sempre estava caminhando sozinha pela estrada ou em alguma parada de ônibus – que muitas vezes se tornava o local do estupro.
Francisco foi indiciado por três crimes: um ocorrido no dia 14 de junho deste ano, o outro no dia 12 de julho e, o último, no dia 02 de agosto. Todas as mulheres que sofreram violações reconhecerem o homem como autor dos crimes. A Polícia chegou ao homem porque ele habilitou um chip com dados pessoais em um celular levado de uma das vítimas.
Dessa forma, foi possível traçar os caminhos que ele fazia e pedir um mandado de prisão preventiva à Justiça. Para pegá-lo, a PCDF fez tocaia próximo a uma parada de ônibus. Depois de um tempo, percebeu a presença do carro de Francisco e efetuou a prisão, antes que outro crime pudesse ocorrer.
Esse era o carro que o acusado asava para abordar as vítimas.
Frieza
Segundo o delegado Ricardo Viana, o acusado ficou calado durante todo o tempo e demonstrou muita “frieza”. Francisco foi indiciado pelos três estupros e pelos roubos. “A investigação tem provas robustas. Não só acredito, como desejo que ele fique preso. É um reincidente perigoso”, relada o investigador.
O policial alerta que mais mulheres podem ter sido vítimas de Francisco, assim quem reconhecê-lo pode procurar a 24ª DP ou o serviço de 197. É importante que outras mulheres denunciem. Se juntadas todas as condenações dele, o indiciado pode pegar de 36 a 55 anos de prisão.
