Raphaella Sconetto
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O acidente no Lago Norte que vitimou o casal de idosos Dulcinéia Rosalina da Silva, de 71 anos, e Evaldo Augusto da Silva, de 75 anos, completou, nesse domingo (18), um mês. No entanto, ainda não foi concluído o laudo que pode apontar o que fez com que a motorista Luciana Pupe Vieira, 46 anos, perdesse o controle do veículo. A mulher segue internada em estado grave em um hospital particular.
A Polícia Civil do Distrito Federal fez um pedido para que o Tribunal do Júri concedesse a permissão para utilizar os materiais biológicos e entrar com a quebra de sigilo dos dados telefônicos de Luciana. Segundo a delegada-chefe da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), esse pedido foi feito no dia 23 de janeiro. “O pedido foi primeiramente para a 5ª Vara, só que a juíza, por morar no Lago Norte, acabou sendo testemunha do caso e se declarou suspeita para deferir o pedido. Então, mandou para o Tribunal do Júri”, explica.
A delegada ainda não recebeu nenhuma informação se o pedido foi ou não acatado. Mas alega que são de extrema importância para confirmar o que causou o acidente. “O pedido mais importante é para usar o material biológico, que foi colhido dias depois do acidente. É preciso pedir autorização para o juíz, porque é um direito constitucional privado, dela”, aponta.
Esse material poderá revelar se Luciana havia consumido algum remédio, álcool ou outra substância que possa ter interferido nas causas do acidente. O material biológico conservado poderá esclarecer a tese da família, que alega que a autora teria tido uma crise de hipoglicemia.
A quebra de sigilo nos dados telefônicos é para saber se a mulher usava o telefone no momento. “Serve para saber qual local estava, se recebeu alguma mensagem, se estava utilizando o celular”, afirma. Quanto tiver a permissão para usar, o laudo do telefone será emitido pelo Instituto de Criminalística (IC).
VEÍCULO EM ALTA VELOCIDADE
O veículo que atropelou o casal de idosos, no dia 18 de janeiro, no Lago Norte, estava a 140 km/h, segundo a perícia do Instituto de Criminalística (IC). Após o acidente, o velocímetro havia parado em 120 km/h, enquanto o limite da via era de 60 km/h. O laudo preliminar, apontado no fim de janeiro, apontou ainda que a motorista Luciana Pupe Vieira, de 46 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas não há como precisar se foi antes do acidente ou proveniente do mesmo.