Willian Matos
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A Operação Gomorra foi deflagrada na manhã desta terça-feira (18) para cumprir 66 mandados contra uma organização criminosa. O grupo, acusado de crimes como tráfico de drogas, furtos de celulares em grandes eventos, roubos e comércio ilegal de armas, era braço da Família do Norte (FDN), uma das maiores facções do crime do país.
Cerca de 260 policiais civis trabalham na operação. Dos 66 mandados, 30 são de prisão e 36 de busca e apreensão. Os alvos estão espalhados por diferentes RAs do DF: Sobradinho I e II, Paranoá, São Sebastião, Planaltina e Planaltina de Goiás.
De acordo com o delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, as investigações apontaram que membros da FDN planejavam vir a Brasília. “Ao longo das apurações flagramos o acordo firmado entre integrantes da quadrilha para matar desafetos. Além disso, confirmamos a vinda de faccionados da FDN para o DF afim de criar uma célula criminosa”, contou.
A Operação Gomorra vai às ruas após cerca de oito meses de investigação da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho).
Família do Norte
A Família do Norte (FDN) é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção criminosa do país. É resultado da união de dois grandes traficantes, Gelson Lima Carnaúba, o Mano G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba. Segundo a PF, após passarem uma temporada cumprindo pena em presídios federais, os dois retornaram para Manaus, em 2006, determinados a se estruturarem como uma facção criminosa.
No DF, segundo investigações, existiam quatro núcleos dentro do grupo local. Eles se dividiam entre tráfico de drogas, aluguel e venda de armas, furto de celulares em grandes eventos, roubos e furtos a veículos, residências e comércios e repasse de dados e informações aos chefes-gerais da organização.
