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Brasília

PM mata jovem de 20 anos em bar do Itapoã; cena do crime foi desfeita

Após confusão, jovem levou um tiro e não resistiu. Policial se apresentou à 6ª DP

Willian Matos

28/06/2019 9h23

Da redação
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Um jovem de 20 anos foi morto com um tiro no abdômen disparado por um policial militar. Ithallo Matias Gomes chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (28) em um bar/boate da quadra 47 do Itapoã.

O acusado é o segundo-sargento Carlos Eduardo Lopes Vidal, lotado no 20º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Gama. Ele se apresentou à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e disse que chegou ao bar por volta de 21h de quinta (27), ingeriu bebida alcoólica de forma moderada e se preparou para ir embora a 1h.

O sargento seguiu o relato e afirmou que, quando estava indo embora, sofreu uma tentativa de roubo. O jovem de 20 anos teria tentado tomar a arma dele e ele reagiu, dando início a uma confusão. Quando ambos tentavam puxar a arma, ela teria disparado contra a vítima.

No entanto, segundo a delegada-chefe da 6ª DP, Jane Klébia, uma testemunha-chave do caso desmente a versão do PM. Essa testemunha é uma ex-namorada do policial, que relatou como a história aconteceu.

Na versão dela, Carlos Eduardo chegou no bar e foi ao encontro dela, que estava com um grupo de amigos — entre eles, o Ithallo. Ao se dirigir à moça, os amigos dela pensaram se tratar de um assédio, e interviram. A partir daí, aconteceu um empurra-empurra e Ithalllo deu um soco no rosto do PM, que reagiu atirando. A vítima chegou a dar entrada no hospital Regional do Paranoá (HRP), mas não resistiu.

Cena do crime limpa

Policiais foram ao local do crime logo cedo. Chegando lá, porém, a cena estava limpa e não havia qualquer vestígio da morte de Ithallo, o que preocupa os responsáveis pelas investigações. Testemunhas dizem ter visto um funcionário da boate colocando a vítima dentro de um carro para levá-lo ao hospital e possivelmente evitar a presença da polícia.

Ithallo trabalhava como mecânico. Foto: Reprodução/Facebook

Sem envolvimento

Ithallo Matias Gomes, 20 anos, trabalhava como mecânico e morava de favor na casa de uma jovem na quadra 01 do condomínio Entrelagos, em Sobradinho. Ele não tinha passagens pela Polícia. O PM Carlos Eduardo também não.

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