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Plantio de mudas no DF homenageia a vítimas e crianças nascidas na pandemia

Iniciativa da comunidade por meio do Movimento Ecos do Cerrado, a ação começa no próximo domingo (25), no Parque Ecológico Areal

Redação Jornal de Brasília

23/10/2020 12h36

Foto: Agência Brasília

Por meio da Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc), o Instituto Brasília Ambiental, dentro do entendimento de que a comunidade deve se integrar aos parques, reforça o apoio dado ao IX Plantio das Águas, que tem um objetivo especial neste ano: homenagear as vítimas da Covid-19 e as crianças que nasceram durante a pandemia no Distrito Federal.

Iniciativa da comunidade por meio do Movimento Ecos do Cerrado, a ação começa no próximo domingo (25), no Parque Ecológico Areal, mas se estenderá por dois anos. Ao todo serão plantadas mais de cinco mil mudas de plantas como ipês, jatobás, jacarandá, orelha de onça, sangra d’água, buriti, urucum, jenipapo, oiti e cagaita, entre outras. Tanto os familiares de quem se foi como os de quem chegou serão convidados a participar dos plantios, explica o tecnólogo em Gestão Ambiental Edmir Moreira, coordenador do Movimento Ecos do Cerrado.

“Serão plantas não frutíferas e frutíferas. Será um plantio diversificado, elaborado, deixando de fora plantas exóticas e outras que não têm a ver com o Cerrado do DF. Nossa intenção é, efetivamente, homenagear a vida. Cada vítima da pandemia e cada criança que nasceu neste período terá uma muda plantada em sua homenagem”, esclarece Edmir.

O diretor de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, André Luiz Cordeiro de Mendonça, ressalta que o Plantio das Águas visa, anualmente, ampliar o número de áreas plantadas nos parques que precisam dessa intervenção de recuperação da flora.

“Nossa participação, enquanto órgão ambiental, é orientar as áreas mais apropriadas para receber esse tipo de plantio. O restante é tudo trabalho voluntário da comunidade, coordenado pelo trabalho também voluntário do Edmir”, destaca.

Edmir Moreira conta que desde 2014 faz essa parceria com o Brasília Ambiental e que a considera muito bem sucedida. Ele comenta alguns fatos relacionados ao nome do projeto.

“Nós, que nos consideramos ativistas ambientais, chamamos de ‘plantadores de água’ o plantio que visa recuperar nascentes, feito às margens de um ribeirão, em uma área degradada e/ou próximo a uma mata ciliar. Isso porque esse plantio vai, de alguma forma, aumentar o volume de água. Mas tem também a ver com a época de chuvas no DF. Anualmente o plantio começa no início das águas, em outubro, e vai até março, quando elas finalizam”, detalha.

Mutirão

Além do Parque Ecológico Areal, onde serão plantadas 110 mudas, no calendário deste ano constam para plantio as seguintes áreas: o Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia (em 14/11); o Parque de Uso Múltiplo do Setor O (28/11); e o Parque Ecológico Veredinha, em Brazlândia (5/12).

As mudas são todas doadas. Há um trabalho de coleta de sementes, também feito e coordenado pelo Movimento Ecos do Cerrado, bem anterior ao recebimento das mudas. “Na época da seca coletamos sementes, entregamos aos nossos parceiros e eles nos devolvem como mudas. Neste ano elas vieram do viveiro do Lago Norte, do Projeto Pede Planta e algumas foram produzidas pelo próprio movimento, embora não tenhamos viveiro. Todo o trabalho é voluntário”, enfatiza o coordenador.

Além da comunidade mobilizada pelo Ecos do Cerrado, o plantio contará com a participação de agentes de parques e brigadistas do Brasília Ambiental. Em anos anteriores esta ação reunia cerca de 300 pessoas, mas, devido à pandemia, o grupo deve ficar entre 30 e 40 voluntários, e todos seguindo as recomendações de prevenção à Covid-19 – uso de máscara e higienização das mãos com sabão e álcool gel, por exemplo, sempre com a devida distância de segurança.

Agência Brasília

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