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Brasília

Plano Estratégico do DF é colocado em prática

O GDF enfrenta desafios para garantir que Brasília chegue ao seu centenário atendendo demandas da população e necessidade de gerações futuras

Aline Rocha

09/09/2019 14h55

Foto: Agência Brasília

Uma das batalhas elencadas no Plano Estratégico do Distrito Federal 2019-2060 (PEDDF), é garantir infraestrutura de qualidade para a população do Distrito Federal. Para que essa batalha seja vencida, o Governo do Distrito Federal (GDF) enfrenta desafios para garantir que Brasília chegue ao seu centenário atendendo demandas da população e necessidade de gerações futuras. 

O documento elenca os três pilares do desenvolvimento territorial (política de planejamento territorial, regularização fundiária e combate ao déficit habitacional) e afirma que devem ser suportados por infraestrutura de qualidade para a população. 

De acordo com Adriana Lorentino, secretária-adjunta de Planejamento da Secretaria de Economia, é necessário aumentar malha de drenagem, pavimentação e calçadas do Distrito Federal. 

A lista de obras de infraestrutura abrange: conclusão de infraestrutura dos Setores Habitacionais Sol Nascente, Vicente Pires, Bernardo Sayão, ARIS Ribeirão em Santa Maria, Mestre D’armas e Riacho Fundo 5ª Etapa, além da execução de infraestrutura dos novos setores habitacionais. 

Apenas em Vicente Pires, os investimentos devem chegar a R$ 462 milhões.Serão realizados 185,6 quilômetros de drenagem pluvial e 253,4 quilômetros de pavimentação asfáltica em vias equivalentes a sete metros de largura, além de 505.927 metros de calçadas e meios-fios ao longo dessas vias. 

O Sol Nascente recebeu asfalto e drenagem da chuva e as obras de urbanização no Setor Habitacional Bernardo Sayão incluem a execução de 32 km de rede coletora de águas pluviais e 46 km de pavimentação asfáltica, calçadas e meios-fios.

“É prioridade do GDF levar infraestrutura para toda a população do DF. Temos um lema que diz: as obras paralisadas serão retomadas; as obras em andamento serão concluídas; e novas obras em benefício da população do DF serão iniciadas”, afirma o secretário de Obras, Izídio Santos.

Manutenção de pontes e viadutos

Também figuram como desafios para a garantia de infraestrutura de qualidade para os cidadãos do Distrito Federal a necessidade de intensificar os investimentos em manutenção e restauração de pontes, viadutos, monumentos e passarelas que estão envelhecendo como a cidade. O Plano Estratégico prevê que, até 2023, o GDF realize laudo de manutenção de 100% das pontes e viadutos do DF.

Em maio, o GDF criou um Grupo Técnico para vistoriar os mais de 700 viadutos da capital federal e disseminar a cultura da manutenção nas estruturas. Além de engenheiros e técnicos do governo, o GT é composto por especialistas de diversas entidades da sociedade civil e estudantes de instituições universitárias.

Até o momento, o grupo realizou inspeções, de forma piloto, no elevado do Córrego do Urubu, na DF-005, no Varjão; no viaduto do SIA e no viaduto da Galeria do Trabalhador.

Representante da Secretaria de Obras no GT, Maurício Canovas explica que o objetivo é, até o final de 2020, identificar as pontes e viadutos que precisam passar por manutenção. “Primeiro vamos fazer vistorias para identificar o estado de conservação de cada um deles para, depois, definir prioridades de recursos”, explica.

O GDF também deve incluir de verba específica para conservação de pontes e viadutos no orçamento de 2020, uma vez que não foi destinado recurso pelo governo anterior para o orçamento deste ano.

Faz parte das ações previstas para a realização de laudo de manutenção das pontes e viadutos do DF, a implantação e/ou modificação de estrutura funcional para inspeção, monitoramento, recuperação e reforço dessas obras.

O GDF está capacitando engenheiros das Administrações Regionais para identificar e realizar vistorias visuais de viadutos e pontes. Sessenta engenheiros de 12 órgãos do GDF já concluíram o treinamento de Inspeção Preliminar e Manutenção de Pontes e Viadutos, promovido pela Secretaria de Obras em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF).

O Plano Estratégico prevê, ainda, a redução do tempo de elaboração de projetos de engenharia para 1 ano. Para isso, esse processo será centralizado e concentrado sob gestão única. A construção de novas 10 pontes e viadutos, chamadas de obras de artes especiais, também contribuirá para o aumento da malha de drenagem, pavimentação e calçadas do DF.

Iluminação pública e ciclovias

A modernização do sistema de iluminação do DF, por meio da substituição das lâmpadas de iluminação pública para LED também é uma medida para garantir infraestrutura de qualidade para a população.

Para isso, de janeiro a agosto de 2019, a Companhia Energética de Brasília (CEB), em parceria com a Secretaria de Obras, substituiu 5.360 luminárias comuns por lâmpadas de LED em todo o DF.

Esse tipo de tecnologia pode gerar economia de até 60% para o GDF, já que as luminárias de LED possuem 60 mil horas de vida útil e perdem apenas 30% da capacidade quando atingem esse tempo, ao passo que as lâmpadas de vapor de sódio queimam quando atingem 32 mil horas. Além disso, iluminam mais os ambientes, o que traz mais segurança para a população.

Para pedestres e motoristas que trafegam na W3 Norte, por exemplo, a visão noturna foi reforçada com a instalação de 367 postes com 593 pontos de LED, além da substituição de 75 luminárias convencionais para LED. O valor investido nesta obra, concluída em junho, foi de R$ 3,3 milhões.

No mês de julho, toda a iluminação do parque Olhos D’Água, no final da Asa Norte, foi revitalizada. Foram substituídas 88 lâmpadas convencionais por luminárias de LED, para a satisfação dos moradores do bairro e frequentadores do parque. Duas regiões administrativas muito importantes do DF, Taguatinga e Ceilândia, estão com obras de revitalização em andamento.

Em Santa Maria, as luminárias convencionais estão sendo substituídas por LED na avenida Alagados, que dá acesso à BR 040 e à DF 290 (veja outros locais no quadro abaixo).

Aliado a essas iniciativas, o Plano Estratégico prevê a ampliação da malha cicloviária em 45%, com a construção de 211 km de ciclovias.

Atualmente, o DF tem cerca de 400 quilômetros de ciclovias, entre os trechos já concluídos e os que ainda estão em construção. É a maior malha cicloviária do Brasil.

 

Com informações da Agência Brasília

 

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