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Brasília

Personal baleado por PM se recupera bem e fala normalmente, diz irmã

Arquivo Geral

06/05/2018 20h41

Arquivo Pessoal

Pedro Marra
Especial para o Jornal de Brasília

A irmã do educador físico Pedro Henrique da Silva Torres, de 29 anos, baleado na última sexta-feira (4) pelo policial militar Ronan Menezes, 27 anos, garante que o rapaz, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), tem boa recuperação. “Ele está se recuperando bem, falando normalmente. Já são 48 horas na UTI. Ele agradeceu a todos pelas orações, e (disse) que logo volta”, relata Elaine Torres, 23 anos.

Conforme a moça, o quadro de seu irmão evoluiu desde a internação, há dois dias, mas ainda não há previsão de alta. Como a Secretaria de Saúde (SES-DF) alegou não poder “fornecer estado de saúde, cumprindo diversas determinações de órgãos externos, e amparada por lei”, as únicas informações a respeito de Pedro Henrique vêm da família. Na sexta, um parente alegou ter sido avisado sobre a morte dele, mas isso não foi confirmado pelas autoridades e, posteriormente, se provou inverídico.

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O crime

Segundo a polícia, por volta das 14h de sexta (4), o educador físico foi baleado no peito, mão e perna por Ronan Menezes, soldado lotado no Grupo Tático Operacional (GTop) do 10º Batalhão de Ceilândia. Momentos antes, o militar teria matado a ex-namorada Jéssyka Lainara Silva, de 25 anos. O atentado teria acontecido por ciúmes, mas a 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) ainda investiga o caso. Ronan se entregou por volta das 22h do mesmo dia e está detido.

Desde então, Pedro Henrique foi levado pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para passar por cirurgia e, depois, foi encaminhado ao HRSam, onde permanece internado. Sua irmã Elaine detalha que, do leito, o rapaz tranquilizou amigos e familiares com a seguinte mensagem: “Agradeço a todos pelas orações, estou voltando. Beijo à todos.”

Dor na partida

A ex-companheira de Ronan, Jéssyka Lainara, morta em casa pelo militar com cinco tiros, foi enterrada na manhã deste domingo (6), no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. A mãe da moça, Adriana Maria da Silva, 39 anos, passou mal durante o cortejo da capela ao túmulo e gritou o nome da filha em alguns momentos.

O pai e a tia da vítima contaram ao JBr que havia indícios de Jéssyka ter vivido um relacionamento abusivo com Ronan e alegaram ter sabido de agressões e comportamentos obsessivos dele.

Myke Sena

*Com informações de Raphaella Sconetto

 

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