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Brasília

PCDF procura autor de tentativa de feminicídio

Hélio Rodrigues Melo já tem mandados de prisão por uma tentativa de feminicídio e um homicídio

Redação Jornal de Brasília

23/05/2019 20h11

Beatriz Castilho
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Um homem é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e de Goiás (PCGO) acusado de tentar matar a ex-companheira no último domingo (19), em Águas Lindas (GO). Hélio Rodrigues Melo, de 42 anos, atirou duas vezes contra Elisângela Ribeiro Clementino, 46, que segue internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ele já tem mandados de prisão por uma tentativa de feminicídio, em 2014, e um homicídio, em 2016.

“No domingo, ele pulou a janela da casa de Elisângela, bateu nela e deu dois tiros, um no ombro direito, outro no abdômen. Esse, no abdômen, perfurou o pulmão e atingiu o intestino em três lugares”, conta a sócia do salão em que a vítima trabalha, Christine Ponzo, 40.

Hélio também tentou atingir a vítima na cabeça, mas a arma falhou. “Foi quando ela conseguiu fugir, baleada, para a casa de um dos vizinhos. Ele estava nervoso, então pegou uma faca para ameaçar o agressor, que fugiu”. Desde então, Hélio está foragido.

Após a ocorrência, o suspeito ameaçou familiares da vítima por meio de mensagens de áudio. “Onde vocês estiverem, eu vou buscar. Ela não morreu não mas eu vou buscar ela ainda, e vocês também. O seu eu vou dar bem no meio do seu nariz, tá bom?”, diz Hélio em uma das notas enviadas para o filho mais velho de Elisângela, Ricardo Clemente, 22.

Violências
Essa não foi a primeira vez em que o homem utilizou mensagens para intimidar Elisângela e os três filhos. Segundo Ricardo, as ameaças começaram há pouco menos de um mês, após a vítima pedir para que Hélio saísse de sua casa, depois de um ano morando juntos.“Ninguém sabia como ele era, tudo veio à tona quando ele agrediu minha mãe pela terceira vez, quando ela decidiu se separar, mas ele não aceitava”, conta.

Apesar das ameaças, Hélio não foi denunciado. Após a tentativa de feminicídio, a família fez o pedido de medida protetiva contra o acusado. “Mas sabemos que isso pode ser meio inútil porque se ele quiser fazer alguma coisa, ele vai fazer”, afirma Ricardo. “Só queremos que ele nos deixe em paz”.

Elisângela Ribeiro Clementino, 46, segue internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) – Reprodução/Arquivo Pessoal.

Rede de ajuda
Família e amigos de Elisângela estão recebendo doações de alimentos e produto de limpeza para auxiliar no período de recuperação. Além disso, foi aberta uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para uma prótese.

“O tiro que atingiu o ombro, estourou o local. Os médicos acreditam que ela vai ter que colocar prótese. Ela provavelmente vai ficar com sequelas, e esse é bem o braço que ela utiliza para trabalhar no salão”, explica Christine. A meta é alcançar R$ 10 mil.

Doações são recebidas por Christine, no salão Studio Belle Liberté, no Flórida Mall (Guará 1).

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