A Polícia Civil (PCDF) deflagrou, nesta quarta-feira (22), uma operação para prender suspeitos de cometer fraudes a precatórios (pagamento recebido por cidadãos que venderam algum processo judicial contra Fazenda/Estado). Por volta de 7h, 10 pessoas já haviam sido presas. Além das prisões temporárias, são cumpridos 35 mandados de busca e apreensão.
As investigações começaram há nove meses, em outubro de 2019. O grupo agia usando documentos falsos para se passar pelos cidadãos que têm direito aos precatórios. Em seguida, os suspeitos vendiam os precatórios para terceiros, com desconto, o direito de receber o benefício.
Estes precatórios eram provenientes de ações judiciais nos estados do Pará, Minas Gerais, Tocantins e Sergipe. As vítimas, os reais beneficiários, só ficavam sabendo do golpe quando a Justiça os acionava. Até o momento, as investigações identificaram oito lesados, o que gera um prejuízo de mais de R$ 2 milhões.
Lavagem de dinheiro
Os documentos falsos ainda eram usados para lavagem de dinheiro. Os suspeitos abriam contas bancárias em uma instituição e depositavam os valores para produzir procurações em cartórios. Em seguida, eles criavam empresas nos setores de alimentação, estética, construção e eventos para cometer a lavagem.
Os integrantes da organização criminosa possuem vários RGs, CPFs e CNPJs. Um deles têm seis identificações, conta a PCDF.
Na ação desta quarta (22), foram mobilizados 150 policiais. Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos na Asa Norte, Lago Sul, Águas Claras, Arniqueira, Sobradinho e Gama, além das cidades goianas de Santo Antônio do Descoberto, Aparecida de Goiânia, Goianésia e Goiânia.
O delegado da Coordenação de Repressão a Frades (Corf/PCDF) Wisllei Salomão explica a operação, denominada Postulatio: