Willian Matos
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Um grupo suspeito de cometer fraudes e desviar recursos da Companhia Energética de Brasília (CEB) amanheceu na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (31). São cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão.
A operação, denominada Abate, é deflagrada após seis meses de investigação. Segundo apurações da PCDF, o grupo tem, pelo menos, seis núcleos. Eles cobravam valores para oferecer serviços como se fossem trabalhos particulares, mas que eram executados formalmente pela CEB. Serviços estes que vão desde a adulteração dos medidores de energia elétrica até o fornecimento de luz em obras embargadas, mediante pagamento de propina.
Grupo utilizava equipamentos da companhia para cometer as fraudes. Foto: Divulgação/PCDF
No caso de energia para obras embargadas, eles também adulteravam a titularidade do ponto nos imóveis, para fazer com que a dívida do imóvel não ficasse acumulada para aquele cliente, evitando, também, que a CEB interrompesse o fornecimento.
15 anos
Ainda de acordo com as investigações, estes serviços de adulteração de titularidade eram realizados em favor de empresas de grande porte do Distrito Federal. O esquema, segundo a PCDF, dura há cerca de 15 anos. Segundo o coordenador da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), Leonardo de Castro, os integrantes do grupo criminoso não temiam as autoridades.
A operação visa colher provas dos crimes para que a investigação possa ser aprofundada. Com as novas informações, outros suspeitos devem ser presos posteriormente.
Operação Apate cumpre 19 mandados de prisão temporária. Foto: Divulgação/PCDF
Mais de 200 policiais civis cumprem os mandados. A operação conta com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
