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Brasília

PCDF mira empresários suspeitos de fraudar licitações

Grupo estaria utilizando software não permitido para que empresas participantes do esquema criminoso saíssem vitoriosas das licitações

Willian Matos

11/12/2019 9h09

polícia civil

Foto: Sinpol-DF/Agência Brasil – Polícia Civil

A Polícia Civil (PCDF) cumpre, na manhã desta quarta-feira (11), mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. As autoridades miram um grupo suspeito de fraudar licitações relacionadas a gestão e fornecimento de alimentos a hospitais públicos, presídios e restaurantes comunitários em vários estados do país.

De acordo com investigações, os suspeitos estariam utilizando softwares não permitidos para dar lances automáticos em licitações, assegurando que alguma empresa integrante do esquema criminoso saísse vencedora das concorrência. Estas tecnologias são popularmente chamadas de “robôs”, como explica o delegado Ricardo Uchôa, da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor).

“Eles (os robôs) inviabilizam a competição, porque os outros concorrentes, que não fazem uso desta tecnologia, não conseguem companhar a oferta de lances.”

Uchôa conta ainda que o grupo foi “descoberto” pelo curtíssimo tempo entre os lances. “Foi feita uma avaliação entre os lances, e verificou-se que havia lances com intervalos de milésimos de segundos, o que seria humanamente impossível para qualquer licitante. Para efetuar um lance, há várias etapas até efetuá-lo, e isso leva um tempo”, explica.

Delegado Ricardo Uchôa, da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor). Foto: Divulgação/PCDF

Dos 27 mandados de busca e apreensão, apenas dois são cumpridos no DF, mais precisamente no Jardim Botânico e no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan). Outros 11 são executados em municípios goianos (Planaltina de Goiás, Morrinhos, Aparecida de Goiânia e Goiânia), e 14 em São Paulo (São Paulo, Santo André e Orlândia).

Além da PCDF, atuam na operação as polícias civis dos estados de São Paulo e Goiás. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social do Ministério Público (MPDFT) também apoia as investigações. A operação foi intitulada Decepticons.

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