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Brasília

PCDF e MPDFT fazem ação contra grupos do PCC na capital federal

Facção vem tentando se enraizar no DF, segundo investigações. Grupos desarticulados nesta operação estariam tentando recrutar membros

Willian Matos

11/08/2020 11h31

Após seis meses de investigação, a Polícia Civil (PCDF) e o Ministério Público (MPDFT) realizaram uma ação nesta terça-feira (11) contra um braço da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Brasília.

Segundo as investigações, membros da facção criaram duas células denominadas “Feminina” e “Masculina”. A líder da ala feminina ficava responsável por recrutar mulheres para integrar o grupo. Na semana passada, uma integrante identificada como Tokio já havia sido presa na BR-060 quando tentava fugir para São Paulo em um ônibus interestadual.

Já o grupo feminino planejava ações e fazia um controle dos integrantes. A maioria deles já foi identificada pela PCDF. Uma das ações deste grupo foi fazer uma espécie de divisão do DF em quatro territórios: leste, oeste, norte e sul. Estes locais seriam comandados cada um por um integrante, que ficaria responsável por recrutar criminosos de cada localidade para a facção. O objetivo era se enraizar de vez na capital federal.

As investigações apontam ainda que o grupo havia aderido à prática chamada Jogo do Bicho para obter recursos financeiros. Para isso, criou-se um setor chamado Geral do Jogo do Bicho. O comandante dele foi preso em Cidade Ocidental-GO.

38 membros do PCC foram indiciados pelo crime de organização criminosa, segundo a PCDF. Até a última atualização desta reportagem, seis deles haviam sido presos e dois estavam foragidos. Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão ocorrem em Samambaia e Riacho Fundo II e nos municípios de Cidade Ocidental, Anápolis e Canto dos Buritis-PI. Os investigados podem pegar de três a oito anos de prisão.

Durante as buscas, policiais encontraram vários documentos falsos para aplicação de golpes, além de porções de drogas e um celular roubado. Foto: Divulgação/PCDF

Os delegados Leonardo de Castro e Guilherme Sousa Melo falam sobre a operação nos vídeos abaixo:

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