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Brasília

PCDF cumpre 50 mandados para investigar crimes em contas bancárias

Grupo é suspeito de se passar por atendentes de banco, pedir dados pessoais das vítimas para ter acesso às contas e cometer furtos mediante fraude

Willian Matos

06/02/2020 10h29

04/06/2013. Crédito: Roberto Castro/Agência Brasília. Brasil. Brasília – DF. Inauguração do novo Edifício Sede da Polícia Civil do Distrito Federal.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil (DRCC/PCDF), deflagrou uma operação para coibir crimes relacionados a roubos em bancos via internet banking. São cumpridos, ao todo, 50 mandados.

As investigações tiveram início quando um correntista do DF iria receber um depósito de R$ 4 mil, mas teve o valor subtraído. Dois homens foram presos suspeitos do caso, e, a partir daí, a DRCC foi identificando outros responsáveis. Viu-se que existe um esquema interestadual de captação ilegal de valores de pessoas de vários estados.

Segundo o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, o grupo é bem articulado. Membros se passavam por funcionários de banco e pedia dados pessoais das vítimas. Zuliani detalha como os suspeitos agiam:

“Para realizarem as fraudes, os criminosos ligavam para as vítimas utilizando um recurso
tecnológico que fazia aparecer no identificador de chamada o número do telefone oficial de um banco tradicional do Distrito Federal. Durante as ligações, os criminosos se passavam por funcionários do banco e questionavam as vítimas sobre transações bancárias suspeitas. Iludidas pela forma como se davam as ligações, as vítimas acabavam digitando os números de suas contas e as senhas no teclado de seus telefones, sendo que tais dados eram capturados pelos criminosos.”

Depois de ter estes dados, os homens recomendavam que as vítimas fossem a um caixa eletrônico e mandasse fotos de um QR Code, via WhatsApp. Com as informações em mãos, estava consumado o golpe.

Prejuízo de mais de 1 mi

Segundo o delegado, foram identificadas 37 vítimas com conta bancária no DF — sem contar as pessoas com conta em outros estados. O prejuízo causado pelo grupo foi calculado em R$ 1,1 milhão, mas o valor pode aumentar com os golpes feitos nas outras unidades federativas.

Além do DF, a operação está sendo realizada nos Estados da Bahia, Paraíba, Ceará, São Paulo e Santa Catarina. A 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), o Ministério Público (MPDFT) e as polícias civis dos estados participam da ação.

Os autores responderão pelos crimes furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 10 anos de reclusão.

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