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Brasília

Patrimônio: mapear para preservar a história

Iphan quer conscientizar sobre a necessidade de manutenção dos monumentos da capital do País

Catarina Lima

10/02/2020 6h48

Foto: Agência Brasil

A superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Brasília vai lançar o projeto “Preservando Brasília para os 60” – em alusão ao aniversário da Capital – que prevê a criação de uma política de conscientização acerca da necessidade de manutenção dos monumentos tombados da capital do País. “Nós queremos fazer uma ação de conscientização, para que haja a preservação dos bens ”, disse Saulo Diniz, superintendente do Instituto no Distrito Federal.

De acordo com o projeto, o Iphan ficará encarregado de fazer um levantamento de cada bem tombado. Em seguida, o documento será enviado ao gestor da obra que precisar de reparos, e este apresentará ao Iphan um plano de ação, que deverá ser executado em conjunto pelos dois órgãos. Também dentro do projeto “Preservando Brasília para os 60” será assinado, com a secretaria de Educação, um termo de cooperação técnica – capacitação de mais de 1.500 professores da rede pública de ensino – acerca do tema educação patrimonial. A ideia é que estes professores sejam agentes multiplicadores e levem aos alunos a importância de cuidar do patrimônio da cidade. “Este será um projeto de cinco anos de ação, envolvendo a superintendência do Iphan do DF e a secretaria de Educação”, explicou Saulo.

Como parte do projeto serão distribuídos 13 mil exemplares do livro “Athos Colorindo Brasília”, em alusão ao artista Athos Bulcão, responsável pelos azulejos de muitos monumentos importantes da cidade. O livro será distribuído a crianças das quartas e quintas séries do ensino fundamental, que estejam matriculadas na rede pública do DF. O BRB financiará a impressão da obra.

Praça dos Três Poderes

Um dos monumentos tombados a serem beneficiados pelo projeto “Preservando Brasília para os 60” será a Praça dos Três Poderes, cujos gestores da obra são Supremo Tribunal Federal (STF) e a secretaria de Cultura. A Torre de TV, por exemplo, terá com gestor de sua preservação o BRB. “As vezes as pessoas esperam que o monumento caia para ver o que vão fazer. E nós queremos realizar uma ação de prevenção, de conscientização”, afirmou o superintende do Iphan. Saulo disse que a ideia é que a conscientização e a preservação do patrimônio sejam perenes. Ele acredita que associando patrimônio, cultura e turismo, teremos desenvolvimento.

A decisão de criar um projeto de preservação surgiu nos primeiros dias de Saulo Diniz à frende da superintendência do Iphan, ao ver o estado precário em que se encontra a Catedral Metropolitana. Chamou sua atenção a situação de deterioração das juntas de dilatação de um dos cartões postais mais visitados da cidade. “Quando vi isso pensei que precisava trazer uma contribuição para o Iphan. E essa contribuição é ação preventiva”, disse. Assim, ele solicitou ao órgão um levantamento das condições dos seguintes monumentos: Praça dos Três Poderes; Itamarati; Palácio da Justiça; Torre de TV; Catedral; Catetinho e Igrejinha. A Igrejinha será o segundo bem a ser recuperado, logo depois da Praça dos Três Poderes.

“É um trabalho que queremos fazer em parceria com os gestores, queremos que eles nos apresentem os planos de ação. Num sistema de parceria a comunicação flui bem melhor”, concluiu.

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