Tatiana Py Dutra
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Moradora do Paranoá, a empregada doméstica Elen Janice Louzada, 34 anos, descobriu que precisava de uma dose extra de vacina contra o sarampo quando levou a filha mais nova ao posto de saúde, no Lago Sul.
“Eu não tinha ideia que adultos precisavam tomar. Quando era pequena, tomei todas as vacinas e achei que estava segura”, comenta.
A situação de Elen é semelhante à da maioria dos adultos entre 20 e 49 anos, público-alvo da Mobilização Nacional Contra o Sarampo, do Ministério da Saúde, iniciada em março. No Distrito Federal, o chamamento atraiu apenas 5,6% das 1.364.987 pessoas que deveriam tomar nova dose da tríplice viral. Como a meta é imunizar 95% desse público, a campanha de imunização foi prorrogada pela segunda vez. O prazo vai até 31 de outubro.
“É importante receber uma dose extra da vacina, mesmo que já tenha as doses de rotina”, afirmou a enfermeira da área técnica da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes.
Surto
Desde o ano passado, o Brasil enfrenta um surto de sarampo. Só este ano, foram confirmados 5.642 casos de sarampo em 21 Estados. Cinco casos foram registrados no DF, sendo que quatro pacientes eram adultos. A vacinação é a única maneira de evitar a circulação do vírus.
A doença é altamente contagiosa: estima-se que um portador do vírus possa transmiti-lo para ao menos 18 pessoas. O contágio ocorre pelo ar, através de partículas de saliva emitidas pela fala, espirro ou tosse.
Os primeiros sintomas são febre alta, coriza, tosse e olhos avermelhados. Depois, surgem manchas avermelhadas na pele – que se persistirem junto da febre indicam que o paciente está em estágio grave da doença. O sarampo pode matar, especialmente crianças menores de cinco anos.
“O adulto que toma a dose protege não só a si próprio, mas também aos pequenos, que são mais vulneráveis”, diz o pediatra Rodolpho Souza.
Veja aqui o endereço dos postos de vacinação do DF.
Com informações da Agência Brasília
