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Brasília

Paciente de UTI recebe alta após 13 dias internada no HUB

“Eu tive dengue, e depois a covid-19. Desde quando eu saí de casa, já sabia que estava com o doença”, relata a paciente que recebeu alta

Redação Jornal de Brasília

28/05/2020 17h34

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Pedro Marra e Vitor Mendonça
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Com direito à música e salva de palmas, a corretora de imóveis Rosilaine da Rocha Bueno, 28 anos, recebeu alta no início da tarde de hoje pela equipe médica do Hospital Universitário de Brasília (HUB) após 13 dias internada por ter sido diagnosticada com o novo coronavírus, mas agora está curada.

“Foi uma emoção muito grande, uma felicidade enorme no meu coração. Achei que eu não fosse sair porque tive três paradas cardíacas. Eu me apeguei a Deus, só Deus. A equipe médica é muito boa, eles são maravilhosos e supriraram a ausência da minha família, que senti muita falta mesmo. Agora vou me atualizar, ver como estão as coisas [na família], me isolar e seguir a vida”, emociona-se.

Antes de chegar à unidade, ela já havia sido internada no Hospital Regional do Gama (HRG) no dia 14 de maio, mas precisou ser transferida para o HUB pois ficou em estado grave. Mas agora o estado é de alegria em poder rever o pai e a família em casa.

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Rosilaine diz que também teve outros problemas de saúde antes de ser internada. “Passei pelo procedimento que não desejo a ninguém [ficar longe da família]. Eu tive dengue, e depois a covid-19. Desde quando eu saí de casa, já sabia que estava com o doença. Fui trabalhar, ir ao mercado normalmente, mas nem imagino onde peguei [o vírus]”, conta.

“Misto de emoções”, diz médica

Segundo a chefe da Unidade de Pronto-Socorro do HUB, Álida Alves dos Santos, Rosilaine teve ínicio de sintomas do novo coronavírus no dia 11 de maio. “A princípio, ela já tem mais de 14 dias de início de sintomas. Então ela é uma paciente não mais transmissível. Mas ela foi orientada em relação a necessidade de permanecer em domicílio. Todos os cuidados de isolamento que a população tem que ter. É a primeira paciente de UTI do hospital a receber alta”, informa.

Para a médica, a sensação em dar alta para Rosilaine é de dever cumprido. “É um sentimento de alegria muito grande e felicidade, mas que a gente ainda tem muito trabalho pela frente porque ainda vamos ficar muito tempo nessa situação. São plantões muito pesados para a equipe de maneira geral, tanto físico como mentalmente. Os pacientes são muito graves. E tem a questão toda da paramentação, pois a gente tem que usar todos os equipamentos de proteção individual (EPIs). O agradecimento é para a minha equipe, que são em torno de 110 pessoas. E são eles que fazem isso acontecer. Então ter esse reconhecimento é confortante porque são situações muito difíceis. Ajuda a gente a não desistir”, afirma Álida.

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Quem deu o tom musical para a alta de Rosilaine foram os músicos do projeto Serenatas BSB: Diego Prestes, 45 anos, e Bianca Levita, 42 anos. Ela no vocal e ele no violão, cantaram sambas de alegria em homenagem a paciente. “Há mais de cinco anos trabalhamos juntos, e surgiu a oportunidade de levar músicas para pessoas isoladas nessa quarentena no final de março. Tocar para ela é um sentimento de alegria nesse momento histórico. Uma pontinha de esperança. A comemoração de uma vitória”, comenta Bianca.

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