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Brasília

Outubro Rosa: moradores de rua fazem exposição em alusão ao tema

Além de abordar diretamente o tema, que ainda ressaltou questões de prevenção e autoexame, foi trabalhada a interação entre eles e a reinserção social

Aline Rocha

28/10/2019 14h05

Foto: Divulgação/SEDES

Da Redação
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Com o objetivo de fortalecer e divulgar a campanha nacional de prevenção ao câncer de mama, durante o Outubro Rosa, pessoas em situação de rua promovem, nesta terça-feira (29) a partir de 9h, a Exposição de Pintura Outubro Rosa. A mostra ocorre no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ceilândia, na QNM 16 A.E. Módulo A. 

A ação é parte de uma parceria entre o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) e a unidade de atendimento, ambos ligados à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). 

Até entregarem os trabalhos prontos para a exposição, os moradores de rua participaram de oficinas ao longo deste mês. Além de abordar diretamente o tema, que ainda ressaltou questões de prevenção e autoexame, foi trabalhada a interação entre eles e a reinserção social. Por se tratar de oficinas abertas a esse público, a participação era facultativa.

Assim, uma média de 20 pessoas frequentou cada uma das intervenções semanais, ministradas pela técnica em assistência social do Creas, Niomar Rodrigues Cardoso, e pela supervisora regional do Seas, Clarice Gonçalves da Silva. “Tudo é aprendizado. É mais do que pintar quadros. É entender que precisamos nos cuidar, e mostrar a outras mulheres que elas precisam fazer o mesmo”, resume uma das moradoras de rua, que prefere ter as informações pessoais e a imagem resguardadas.

Abordagem Social

A abordagem social funciona com a criação e fortalecimento de vínculos, com o objetivo de promover a autonomia e o empoderamento do cidadão em situação de rua.

“Ela ocorre por meio de uma escuta qualificada para proporcionar, junto às unidades de acolhimento, a possibilidade da retomada dos vínculos familiares e do referenciamento das pessoas juntos aos Creas e aos Centros POP, para traçar estratégias capazes de viabilizar o processo de saída das ruas”, explica o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Guterres.

Sob a supervisão das unidades da Sedes, o Serviço Especializado em Abordagem Social atua em todo o Distrito Federal. Os atendidos são acompanhados pela equipe de referência do território, onde ocorrem os encaminhamentos referentes à saúde, às assistências social e jurídica e outras políticas públicas.

A atuação consiste em orientação sobre os serviços da assistência social do DF, dos direitos e da abordagem com a perspectiva da educação social de rua e da pedagogia da presença. A partir daí ocorrem, por exemplo, os encaminhamentos para inclusão no Cadastro Único (CadÚnico), serviços sócio-assistenciais e para as demais políticas.

É importante deixar claro que o Seas não é responsável por retirar compulsoriamente pessoas em situação de rua, não atende casos como transtorno mental e tratamento para dependentes químicos e nem obriga o tratamento dessas dependências. Mais do que ajudar, o foco é na promoção dos direitos dessas pessoas.

 

Com informações da Agência Brasília

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