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Brasília

Os desafios de quem está na linha de frente no combate ao coronavírus

“Hoje estou na UTI 2 do HRSam. São tempos difíceis, de pouca informação, muito empirismo”, afirma técnico de enfermagem Oliveira Simão

Redação Jornal de Brasília

04/02/2021 9h57

Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

Desde o início da pandemia, os profissionais de saúde têm atuado na linha de frente de combate ao vírus Sars-CoV-2. Para ajudar milhares de pessoas que contraíram a doença, esses heróis arriscam suas vidas diariamente. As informações são da Agência Brasília.

Um desses profissionais é o técnico de enfermagem na rede pública de saúde Oliveira Simão dos Reis. Ele atua na área há 20 anos e nos últimos sete trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), que, desde abril, atende pacientes com Covid-19.

“Hoje estou na UTI 2 do HRSam. São tempos difíceis, de pouca informação, muito empirismo. Porém, a união interdisciplinar dos profissionais, força de vontade e o desejo de salvar vidas foram o ponto determinante e o combustível para que nós, os profissionais de saúde pública, vencêssemos um dia de cada vez”, afirma.

Para Oliveira, a cada dia que se passa é um novo aprendizado que se tem “com essa doença maldita que tantas vidas ceifou”. Na avaliação dele, os profissionais de saúde da rede pública estão sendo essenciais ao combate da Covid-19, tendo em vista, que no início da pandemia não havia serviço qualificado na rede suplementar para o atendimento dos infectados.

Tanto que a primeira paciente diagnosticada com a doença foi transferida de um hospital particular para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que se tornou referência no atendimento aos casos de Covid-19.

Bravos guerreiros

O técnico em enfermagem considera o enfrentamento à pandemia uma “guerra desleal”, que tem custado a vida de “bravos guerreiros”, que tombaram lutando para salvar a vida de outros. “Durante os últimos oito meses, eu e os colegas presenciamos vários casos emblemáticos, onde realmente se pode comprovar que esse vírus não é de forma alguma uma simples ”gripezinha””, relembra.

Oliveira conta que teve a alegria de ver pacientes com mais de 70 anos de idade se recuperarem da Covid-19 e sair de alta da UTI. “Mas, também, “amargamos a tristeza de perder pacientes jovens onde a Covid-19, foi implacável infelizmente”, lamenta.

Ele destaca que os profissionais da saúde realmente tiveram o reconhecimento da população, o que é bastante válido, já que todos que estão na linha de frente da pandemia têm dado suas vidas pela população.

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