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Brasília

Operação Redenção desvenda irregularidades no cemitério de Planaltina

Empresa ganhava R$900 para realizar funeral proposto pela prefeitura, sem licitação

Marcus Eduardo Pereira

14/06/2019 19h20

Marcus Pereira
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A Polícia Civil de Goiás realizou na manhã desta sexta-feira (14/06) mandados de busca em gabinete e na casa de vereador de Planaltina, Aroldo Alves do Nascimento (PTB), líder do Governo na Câmara Municipal.

A operação batizada de “Redenção”, nome do cemitério local, apura irregularidade no cemitério de Planaltina Goiás. Segundo o delegado da operação, essa é a primeira fase do que está por vir.

“Nós fomos ao cemitério e recolhemos documentos. Encontramos anotações que mostram os repasses que uma funcionária fazia ao vereador, em valores entre R$ 150 e R$ 200”, afirmou. 

De acordo com o delegado, os pagamentos são feitos pelo menos desde 2017, quando o político assumiu o posto. “A funerária atua no cemitério há mais de 10 anos. Eles cobram R$ 900 dos familiares que querem enterrar uma pessoa para fazer a campa, que é a abertura da cova, e a estrutura de tijolos feita em cima”, descreveu. “Só que na verdade, a cova é feita pela prefeitura. Eles até poderiam cobrar pela estrutura, mas não têm licitação para isso”, conclui.

As investigações apontam que cerca de um terço do valor cobrado das famílias é repassado ao vereador e ao secretário. “Nas buscas de hoje, nós recolhemos documentos suspeitos, que serão analisados nos próximos dias”, declarou.

A Polícia apura denúncias de que uma empresa funerária local que atua no cemitério utilizando de equipamentos e pessoal do município. A empresa recebe pelos serviços prestado, e parte do valor recebido seria distribuído a funcionários e ao vereador.

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