Menu
Brasília

Operação realiza retiradas de árvores caídas após temporal

Cerca de mil servidores da Novacap, Defesa Civil, CEB, Corpo de Bombeiros e SLU saem às ruas para garantir a volta da normalidade

Redação Jornal de Brasília

27/01/2021 15h45

Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

Após o temporal registrado nesta terça-feira (26), e que provocou queda de árvores e galhos em diversas regiões administrativas, equipes de segurança realizaram operações para fazer a remoção e limpeza dos locais afetados. Para isso cerca de mil profissionais de diversos órgãos estão nas ruas ajudando na desobstrução de vias.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registradoss 53,6 milímetros de chuva em duas horas, com rajadas de ventos de até 71 quilômetros por hora, na área central de Brasília. A região segue em alerta para novos episódios.

A principal ocorrência registrada foi de queda de árvores, sem vítimas. O Corpo de Bombeiros (CBMDF) foi chamado 56 vezes para casos da natureza e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) trabalha na desobstrução, limpeza e recolhimento do que ficou ao chão. A empresa conta com 500 profissionais divididos em 30 equipes, que atuam desde o início da tempestade. O balanço de quantas não aguentaram a força do temporal ainda é feito, mas só no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, foram 50.

Na capital, há cinco mil árvores plantadas. O Diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Lemos explica que a equipe técnica faz o trabalho contínuo de identificação de vulneráveis, com risco de queda. Em 2020, seis mil nessa situação foram erradicadas. “Também fizemos mais de 82 mil podas em árvores. Quando se trata de fenômeno como o de ontem, com ventos acima de 70km/h a vegetação infelizmente não resiste”, complementa o chefe do Departamento de Parques e Jardins, Raimundo Silva.

Nos locais com quedas de árvores, as equipes fazem o corte dos galhos maiores com motosserra, para serem recolhidos, triturados e levados ao depósito da empresa onde ganham destinação como adubagem. “Dependendo do tipo de intervenção, é um trabalho complexo. Na 704 Norte, tivemos a queda de uma da espécie Ficus sobre um carro. Essa não é uma árvore produzida ou plantada pela Novacap porque tem raízes superficiais e risco de queda mesmo quando saudável”, conta.

Áreas mais afetadas

Apesar de acometer todo o DF, as regiões mais afetadas foram Asa Norte, Parque da Cidade, Eixo Monumental, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sudoeste/Octogonal e Guará. Morador do Cruzeiro, o oficial de manutenção Delmo dos Santos, de 43 anos, conta que se surpreendeu com a chuva. “Na quadra onde moro teve queda de árvore e hoje vi várias equipes espalhadas pela cidade. Não tinha como prever ou prevenir. Agora tem que arrumar as coisas”, diz.

A Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi acionada para quatro ocorrências. Na Octogonal, o teto de uma igreja desabou e o prédio teve de ser interditado. Os outros casos envolveram queda de árvore: no Park Sul; na 308 Norte; e na 306 Norte. Neste último, o órgão avalia se há necessidade de interdição de uma casa, onde o caule ficou apoiado e é preciso removê-lo para verificar os danos ao imóvel.

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) precisou reforçar várias equipes de varrição e remoção para garantir a limpeza das áreas afetadas. No Guará, dez varredores foram deslocados para fazer o trabalho manual. Na região do Plano, equipes foram deslocadas para Parque da Cidade e Palácio Buriti. Outra região que ganhou reforço foi no Sol Nascente. Na região conhecida como Cachoeirinha, em Planaltina, houve ação de retirada de lixo no local que ficou acumulado devido à enxurrada.

Enquanto isso, a Companhia Energética de Brasília (CEB) mantém 70 equipes de pronto atendimento e manutenção para fazer reparos necessários em função da chuva. Os profissionais trocam postes abalroados, fazem reparo de cabos e trocam transformadores, entre outras ocorrências emergenciais provocadas pela chuva. Na última tempestade, foram mais de 340 chamados em todo o DF.

Vem mais chuva

Neste janeiro, a chuva está acima da média. Segundo o Inmet, o DF acumulou 261,6 milímetros até agora: 25% a mais do que todo o esperado para o período. O mesmo aconteceu no ano passado, quando a capital federal também ficou acima da média, com acúmulo de 319 milímetros.

Segundo o meteorologista Mamedes Melo, nada disso é anormal. “É comum acontecerem chuvas de curta duração e forte intensidade nessa estação do ano”, ressalta. O DF segue em alerta amarelo, com possibilidades de chuvas intensas, que podem evoluir para o aviso laranja. Ele explica que a Escala de Beaufort é usada para classificar a intensidade dos ventos e considera aqueles de 62 a 74km/h como ventania, que normalmente provocam quebra de galhos.

As informações são da Agência Brasília

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado