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Brasília

Operação desbarata quadrilha que aplicava golpe da venda de carros no DF e Goiás

Arquivo Geral

10/05/2018 22h58

Atualizada 11/05/2018 9h06

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Ana Clara Arantes
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Estelionatários que aplicavam golpe em vendas de veículos foram presos durante a Operação Falsum, da Polícia Civil. Foram identificados quatro integrantes do grupo até o momento – três estão presos e um, foragido. A quadrilha comprava carros anunciados na internet, pagava com cheques fraudulentos e os revendia. Eles teriam cometido mais de 300 golpes no Brasil.

A investigação se deu a partir de uma vítima que anunciou o carro nas redes sociais. A vítima relatou ao JBr. que, após a venda, conferiu no extrato bancário que o montante constava em sua conta. Mas, uma semana depois, descobriu que o valor estava bloqueado, pois o cheque era fraudado.

“Bateu um desespero, pois R$ 18 mil não são uma quantia fácil de conseguir. Foi um prejuízo grande. Espero que a Justiça faça os procedimentos para que minha perda seja ressarcida”, conclui o homem.

Foto: Myke Sena

A ocorrência

Segundo Mônica Ferreira, delegada-chefe da 9ª DP (Lago Norte), baseado na primeira ocorrência, policiais passaram a investigar os integrantes da quadrilha. “Descobrimos que havia um laranja que utilizava seu nome nos cartórios, e que ele era comum em várias ocorrências. Por meio dele identificamos o restante”, informa.

O delegado-chefe adjunto Henry Galdino afirma que o laranja recebia em torno de R$ 800 a R$ 1 mil por cada negociação feita. “Ele era quem mais aparecia nas negociações e o que menos ganhava”.

São pelo menos 14 ocorrências no DF e Goiás desde 2016, entre os mais de 300 golpes pelo Brasil. “Eles viajavam para passar conhecimento a outros estelionatários. É impressionante a atuação deles, que se utilizam de lábia para enganar as vítimas”, destaca.

Ao JBr., uma segunda vítima relata que comprou um carro que passou pela mão do bando. “Fiz a compra em uma feira livre em Taguatinga. Cuidei de todos os trâmites necessários para saber se o carro estava dentro da legalidade. O Departamento de Trânsito repassou que estava tudo certo e que não havia restrição. A pessoa de quem comprei me ofereceu o carro com preço de mercado e estava tudo correto: DUT, documento e chaves”, diz o ajudante de mecânico. A vítima está em posse do veículo como fiel depositário, mas é a Justiça que vai decidir com quem o carro ficará.

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