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Brasília

Polícia faz apreensão recorde de ecstasy

Ação simultânea no DF, Goiás e Minas teve como alvos DJs e empresários acusados de tráfico de drogas

Lindauro Gomes

27/05/2019 7h19

Beatriz Castilho
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu ontem 22 mandados de prisão e 29 de busca, em uma ação simultânea no DF, em Goiás e Minas Gerais. Intitulada Tridente, a ação teve como alvos DJs e empresários acusados de tráfico de drogas sintéticas.

A investigação durou sete meses e é um braço da operação Arpão, deflagrada há cerca de um ano. A Tridente partiu da apreensão de traficantes locais, autuados pela Arpão, para chegar aos distribuidores dos entorpecentes.

“Conseguimos apreender, além dos traficante locais, os fornecedores que abasteciam o Distrito Federal em larga escala, também a pessoa que está acima dele na hierarquia”, contou o delegado Ulysses Fernandes Moraes Luz.

“Chegamos também a empresários que promoviam festivais eletrônicos para maximizar os lucros com o comércio das drogas.”

Maior apreensão da história

A operação também fez a maior apreensão de ecstasy da história da PCDF. De acordo com o delegado, a quantidade vale em torno de R$ 450 mil. Ele contou que a droga era enviada por outros estados. No DF, ficava armazenada em uma casa no Itapoã.

Segundo Moraes Luz, a demanda era alta: em apenas uma semana, um dos investigados chegou a fornecer 40 mil peças para a região.

Segundo o diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da PCDF (DRACO), Adriano Valente, os valores eram lavados por empresários envolvidos no caso.

“Eles utilizavam as próprias empresas para fazer essa lavagem, misturando o dinheiro lícito, da sua atividade empresarial, com o dinheiro ilícito, oriundo da venda dessas drogas sintéticas em eventos”, explicou.

Agora, com as buscas e apreensões, os investigadores acreditam conseguir chegar aos laboratórios utilizados para produção dos sintéticos.

Em nota, uma das casas de show se pronunciou afirmando não ter envolvimento com práticas ilícitas. Veja na íntegra:

De acordo com as informações prestadas pela Polícia Civil do Distrito Federal em coletiva nesta segunda-feira (27), o Complexo Yurb informa que não está sendo investigado pelas autoridades.

A presença da PCDF no espaço, na manhã de hoje, foi motivada pelas investigações direcionadas ao proprietário de uma das operações do complexo.

O Yurb desconhece qualquer tipo de prática ilícita em seu espaço, assim como de seus colaboradores, repudia o tráfico e o consumo de drogas e se coloca, como sempre esteve, à disposição para colaborar com autoridades.

Confira os dados da operação Tridente:

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