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Brasília

Operação Crassus: polícia investiga estelionato resultante de venda de armas

Segundo o diretor adjunto da DPCON, Rodrigo Carbone, a investigação ainda apura possível revenda de armas de fogo no mercado negro pelo grupo

Aline Rocha

06/12/2019 13h49

Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, nesta sexta-feira (6), mandados de busca e apreensão em desfavor do Coronel da Polícia Militar reformado, PJB de A e seus sócios. 

Realizada pela Divisão de Proteção ao Consumidor (DPCON/CORF/PCDF), a Operação Crassus apurou a prática de crimes de estelionato em desfavor de 38 vítimas e associação criminosa, praticados pelos envolvidos, sócios da empresa Spartacus, que comercializava armas de fogo no Distrito Federal. 

Segundo o diretor adjunto da DPCON, Rodrigo Carbone, a investigação ainda apura possível revenda de armas de fogo no mercado negro pelo grupo.

Foto: Divulgação/PCDF

Rodrigo explica que as vítimas ainda não receberam as armas. “Até hoje essas pessoas não foram contempladas com a entrega das armas e os sócios se recusaram a fazer as entregas. A partir daí a gente começou a investigação e verificou que isso não era uma mero desacordo comercial e que eles tinham a intenção de lesionar as vítimas e, além disso, verificou a possibilidade de que essas armas estariam sendo vendidos no mercado paralelo”, afirma. 

Ele conta, também, que o fato de o acusado ser Policial Militar reformado pode ter inibido vítimas de denunciarem. “Muitas vítimas contam que ele usava dessa informação, mesmo reformado, para intimidar as vítimas, ameaçar, utilizando do cargo, da influencia, alegando que teria influencia com outros órgãos na tentativa de intimidar essas vítimas que tavam cobrando pela entrega das armas de fogo”, relata. 

“Era uma empresa constituída pelo coronel e pelos dois filhos. Tinham vítimas que compraram duas, três armas, uma média de 5 e 6 mil reais cada arma de fogo, variando a depender do modelo da arma”, explica Carbone. “Por enquanto ainda não houve prisão. Já houve indiciamento e uma parte da investigação já foi concluída e enviada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público”, reforça. 

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