Menu
Brasília

Operação do Cade e da Polícia Federal no DF investiga cartel em licitações

Arquivo Geral

31/10/2018 15h12

Da Redação, com Agência Brasil e Cade
[email protected]

A Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram hoje (31) uma operação conjunta para aprofundar as investigações a respeito de um suposto cartel formado para fraudar licitações realizados por órgãos federais para contratação de serviços terceirizados.

Desde as primeiras horas da manhã, cerca de 40 policiais federais e 28 servidores do Cade estão cumprindo mandados de busca e apreensão em 13 empresas com sede no Distrito Federal. Segundo o Cade, quase 500 procedimentos de contratações de serviços terceirizados por órgãos públicos federais realizados desde 2014 podem ter sido fraudadas.

Parte da documentação apreendida pelos agentes. Foto: Polícia Fedetal

Brigadistas

Apelidada de Ponto de Encontro, a operação tem origem em investigações iniciadas a partir da representação de um servidor do Cade que identificou indícios de possível irregularidade em pregão eletrônico para contratação de serviços de brigadistas. O fato levantou outras suspeitas, tendo em vista que um cartel raramente se organiza para fraudar um único certame.

A partir de técnicas modernas, como filtros econômicos (screening) e técnicas de mineração de dados, a Superintendência-Geral do Cade detectou outras empresas cuja participação em licitações federais sugeria um comportamento semelhante ao da inicialmente investigada. A descoberta de indícios de suposta comunicação entre as empresas reforçou as suspeitas.

Cartéis
Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobrepreço estimado entre 10% e 20% comparado ao preço em um mercado competitivo, causando perdas anuais de bilhões de reais ao Estado e aos consumidores. Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime.

Projeto Cérebro
O Cérebro, projeto iniciado em 2013, desenvolve técnicas e ferramentas para a área responsável pela investigação de cartéis, com ênfase no uso aplicado de tecnologia da informação para o desenvolvimento de filtros econômicos e mineração de bases de dados de licitações públicas para a identificação de comportamentos suspeitos. A equipe do projeto já realizou intercâmbio de experiências e técnicas com servidores das autoridades antitruste da Suíça, Inglaterra, Holanda, entre outras.

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado