Débora Oliveira
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Embora tenha piorado, e muito, nos últimos 4 anos, a crise socioeconômica e política na Venezuela existe há anos. De certa forma, sempre existiu. Não é de hoje que muitos cidadãos deixam o país governado por Nicolás Maduro em busca de uma vida melhor. Formado em turismo, Emílio Pulgar, de 30 anos, sempre gostou de viajar.
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Em busca de oportunidade
Na capital federal desde último dia 20 de julho, Emílio foi o responsável por convencer os outros 7 venezuelanos a largarem tudo para aceitar a nova proposta de trabalho. Entre eles está Roman Perez, 25, que decidiu se mudar para o Brasil na época da Copa do Mundo 2014, quando havia boa opção de trabalho. Morou inicialmente no Amazonas, onde trabalhou como guia turístico.
“Conheço o Emílio há 10 anos, trabalhei com ele na Venezuela, e ele me chamou para vir para Brasília. Já o conhecia, era uma pessoa honesta e de confiança. Ele explicou tudo, como as coisas iam funcionar, onde íamos morar e assim por diante, a proposta era boa e resolvi aceitar”, conta o jovem que fala três idiomas e que irá trabalhar como garçom no Brazólia. Em relação à saída do país de origem, Ramon explica que a crise econômica é, de fato, o que mais influencia na mudança.
Julio Alejandro, de 28 anos, no Brasil há 3, veio para o País por conta de uma proposta de trabalho. Ele sofreu com as diferenças em relação ao idioma e as questões culturais, além de claro, deixar a família para trás. “Deixar toda a minha família foi uma coisa que pesou na minha vinda para o Brasil. Deixei meus irmãos e minha avó, que vai fazer 98 anos e eu não vou estar lá para ver”, lamenta Julio.
Se depender de Emílio, Roman e Julio, Brazólia, que conta com cerca de 65 funcionários, tem tudo para ser um grande sucesso. “Minhas expectativas para esse novo trabalho estão realmente lá em cima”, revela Julio, que largou o emprego em Santa Catarina para seguir Emílio no novo projeto e na nova proposta de trabalho.