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Brasília

“Nos sentimos aliviadas”, diz mãe de jovem violentada após prisão de Marinésio

Na tarde desta quinta-feira (7), o ex-cozinheiro, Marinésio dos Santos Olinto, 42 anos, foi condenado a 10 anos de prisão

Vítor Mendonça

07/05/2020 19h17

Marinésio dos Santos Olinto. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

“Nos sentimos aliviadas”, afirmou Andreia Batista, mãe da adolescente de 17 que denunciou estupro cometido por Marinésio dos Santos Olinto, 42 anos, em abril do ano passado. “Por mais de um ano minha filha sofreu com depressão por causa dele. Hoje vejo que a justiça foi feita”, continuou. Na tarde desta quinta-feira (7), o ex-cozinheiro foi condenado a 10 anos de prisão.

O sofrimento, segundo a mãe da jovem, fez com que a filha precisasse de auxílio de uma clínica psiquiátrica, cuja estadia durou 12 dias. Há três ela voltou para casa. De acordo com Andreia, a filha K. C. R. S. tentou suicídio pela 9ª vez desde o abuso sexual. “É uma situação triste e muito complicada.” O caso teve investigação guiada pela 6ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal (Paranoá) em agosto do ano passado.

K. C. R. S., vítima de Marinésio. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Em agosto do ano passado, a jovem relatou ao Jornal de Brasília que abuso acontecera no Itapoã. Ela contou que o homem a teria abordado em um ponto de ônibus em frente à regional de ensino da região administrativa, onde trabalhava na época, por volta das 14h. Com uma faca na mão, o considerado maníaco em série teria estacionado em frente à parada e ameaçado a então a estudante do 3° ano do Ensino Médio para que entrasse no carro – diferente da Blazer prata comumente utilizada pelo algoz.

Ele teria dirigido para uma região de pinheirais entre Itapoã e Paranoá e a violentado sexualmente e com chutes e socos. “Ele me chamou de lixo e me deixou largada ali, realmente como se eu não fosse nada”, relatou K. ao JBr.

Outros processos

Em janeiro deste ano, Marinésio passou a responder, além dos assassinatos de Letícia Sousa Curado Melo, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47, por outros crimes de abuso – um deles sendo este da vítima no Paranoá. O Tribunal de Justiça do DF examina também acusações de violência sexual ocorrida em Sobradinho, e tentativa de estupro em Planaltina.

Em outubro de 2019, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) o havia denunciado por homicídio quintuplamente qualificado cometido contra Letícia, em 23 de agosto do ano passado. Não houve violência sexual neste caso. O assassinato da advogada trouxe à luz outros relatos de possíveis vítimas do homem; pelo menos 15 mulheres afirmaram ser violentadas pelo homem. O algoz confessou envolvimento nas mortes de Letícia e Genir, morta em abril.

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