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Brasília

Museu dos ex-combatentes: saiba como visitar o local que completa 10 anos

Agência UniCeub

13/05/2019 17h12

Atualizada 15/05/2019 15h05

O Museu Casa e Memória dos Ex-Combatentes da Segunda Guerra Mundial, desde maio de 2009, guarda, na Asa Norte, um acervo de imagens e documentos guardados de ex-combatentes que participaram da Segunda Guerra Mundial em operações da Itália pela Força Expedicionária Brasileira (FEB). No entanto, não tem recursos a falta de subsídio para o mantimento do museu que depende de trabalho voluntário para sobreviver.

Foto por João Carlos Magalhães.

O museu foi fundado em 2009, mas apenas em outubro do ano passado (2018) teve um estatuto aprovado e CNPJ de museu conquistado. Segundo a diretora do museu, Laurinda Pacheco, a demora para a documentação se deu principalmente pela idade dos fundadores do lugar. “Eles não tinham uma visão administrativa do mundo moderno e foram ficando idosos”. A associação não tem a relação do acervo.

Hoje, o museu conta com três funcionários pagos pelos moradores da associação que são parentes de pracinhas e com o trabalho voluntário, como por exemplo o de Laurinda Pacheco.

Laurinda Pacheco (Diretora do Museu) e seu pai ex-combatente Manoel de Araújo Pacheco. Crédito: João Carlos Magalhães.

O acervo, que tem de uniformes militares a jornais da época, é mantido, de forma voluntária, pelos moradores da associação – parentes dos ex-combatentes. Segundo a diretora, a associação está com problema financeiro. “Nós não temos condições de pagar profissionais e este acervo precisa ser caracterizado, codificado”. O museu não tem nenhum outro subsídio para se sustentar.

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Ela explica que o museu não tem condição de ficar aberto ao público. Para visitar a história do Brasil na 2ª Guerra, é preciso fazer uma reserva. “Nós trabalhamos com agenda pelo fato de não podermos pagar pessoas no horário comercial.” O museu recebe alunos, tanto da rede pública, quanto da particular e faz de tudo para receber os curiosos.

As maiores dificuldades que o museu encontra para se manter vivo são devido a falta de verba e de encontrar profissionais da área. “Nós estamos precisando de um museólogo. A gente fica procurando para fazermos o levantamento desse acervo, elaborarmos projetos, mas é difícil.”

O museu faz parte das associações dos ex-combatentes espalhadas pelo Brasil inteiro. As associações têm passado por dificuldades e algumas inclusive fecharam. A primeira associação foi fundada em 1945 no Rio de Janeiro motivada pela dificuldade para reinserir social e profissionalmente os veteranos.

Em 1946 a Convenção Nacional que criou o Conselho Nacional modificou o nome das associações para Associação dos ex-combatentes do Brasil (AECB), unificando as associações regionais.

No entanto, em 2008 o Conselho foi extinto e cada seção tornou-se independente, mantendo a sigla AECB acrescida da abreviatura da cidade onde se encontre (AECB-DF).   Para visitar o museu, é necessário acertar previamente com a diretora do museu (telefone 3274.1727)

Serviço

Museu Casa e Memória dos Ex-Combatentes da Segunda Guerra Mundial
Visita monitorada de acordo com acerto prévio com a direção do museu
SGAN 913
Telefone: 3274.1727

Por João Carlos Teles e Lucas Neiva
Jornal de Brasília/Agência de Notícias UniCEUB

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