Catarina Lima
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Em comemoração ao Outubro Rosa – mês de combate ao câncer de mama – a partir desta quinta-feira (3) e até o dia 31, todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal solicitarão mamografia às mulheres que passarem por consultas e necessitarem do procedimento. As pacientes serão encaminhadas para nove unidades de referência onde os exames serão realizados.
A iniciativa é uma parceria das secretarias da Mulher e da Saúde, do Distrito Federal. De acordo com a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, existem, inclusive, aparelhos para fazer exames em mulheres com deficiência.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%.
Violência
Ericka Filippelli considera o combate à violência contra a mulher uma das principais e mais difíceis missões da pasta que ocupa. “O Estado tem equipamentos para atender a mulher, mas é necessário que as pessoas se conscientizem da necessidade de denunciar os casos de que tomem conhecimento, assim como as mulheres entendam que é preciso romper o ciclo em que vivem, existem situações que não vão mudar”, explicou a secretária.
Para Ericka, um dado significativo da necessidade de mudança é que 72,8% das mulheres vítimas de violência não procuram o apoio do poder público. “Nós temos à disposição das mulheres três centros especializados [um na 102 Sul, um na Ceilândia e outro em Planaltina], temos o programa Empreende Mulher, que é uma parceria com o Senac para capacitação, temos a Casa Abrigo, tudo isso à disposição das mulheres. Elas precisam procurar o Estado”, frisou a secretária. A secretária disse que o Banco do Brasil irá iniciar a reforma da Casa da Mulher Brasileira, que será mais um equipamento para atender vítimas de violência.
2020
Para 2020, Ericka espera que o Governo do Distrito Federal consiga investir em mais espaços de atendimento às mulheres, na criação de um observatório para analisar a questão da violência e a realização de ações de mobilização nas diversas regiões administrativas do DF.
“A questão da violência acontece em todas as camadas da sociedade, é muito difícil de enfrentar, e isso só vai acontecer quando contarmos com a ajuda da sociedade. Nossa maior luta é da conscientização sobre a importância da denúncia”, concluiu Filippelli.
