O Ministério Público (MPDFT) deflagrou, nesta sexta-feira (25), a terceira fase da operação Falso Negativo, que investiga fraudes na Secretaria de Saúde do DF. Dois membros foram presos.
Um deles é o ex-subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage Carmo. Hage estava entre os presos da segunda fase, mas havia conseguido habeas corpus dias depois.
O outro alvo da terceira fase da operação é o ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde do DF, Emmanuel de Oliveira Carneiro.
Também são cumpridos mandados de prisão.
Desta vez, as coordenações especiais de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes Contra a Administração Pública (Cecor), da Polícia Civil do DF (PCDF), participam da ação.
Denúncias
A denúncia do MPDFT aponta que Hage articulava contratações desnecessárias para o DF com o ex-diretor do Laboratório Central (Lacen), Jorge Chamon. Os contratos eram “voltados apenas a desviar vultoso montante de dinheiro público”, segundo os promotores.
A denúncia diz ainda que o ex-subsecretário mantinha contato direto com as empresas beneficiadas. “Conversas em aplicativo analisadas demonstraram que ele foi a pessoa quem recebeu a minuta do projeto básico elaborada por Roberta Cheles, representante da Biomega, que futuramente se sagraria vencedora da contratação direta”, afirmam os promotores.
Quanto ao ex-diretor de aquisições especiais Emmanuel Carneiro, ele seria um dos responsáveis por impulsionar os procedimentos licitatórios, encaminhando dados aos demais membros do grupo. Ele também é suspeito de direcionar procedimentos à Diretoria de Análise e Execução Orçamentária para alocação de valores exatamente idênticos ao valor global baseado nos preços ofertados por uma empresa.