A servidora pública Luciana Pupe Vieira, 46 anos, que atropelou e matou o casal de idosos no Lago Norte, na noite desta quinta-feira (18), responderá em liberdade por homicídio com dolo eventual , quando não há intenção de matar, mas se assume o risco pela conduta adotada.
Mesmo com a mulher internada e em coma induzido na ala vermelha do Hospital de Base do DF (HBDF), uma audiência de custódia foi realizada no Departamento de Polícia Especializada (DPE). O juiz da 5ª Vara Criminal, Aragone Fernandes, entendeu que ela não representa risco à sociedade por estar hospitalizada, mas não descartou a possibilidade de prisão preventiva caso seja comprovada “conduta irregular”.
Conforme a delegada-chefe da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), Mônica Ferreira, a justificativa para o atropelamento pode ter sido “algum surto em decorrência do diabetes” da motorista. “Ela morava na QI 7. Por isso, não tinha sentido ela ter continuado seguindo reto na via”, argumentou. O ponteiro do velocímetro parou em 120 km/h, o dobro do limite da via.
Luciana, inclusive, aguarda uma transferência para um hospital particular pois já sofreu uma crise glicêmica em decorrência da doença. Ela foi internada lesões no tórax, nos braços e nos membros inferiores após o acidente que matou o casal Dulcinéia Rosalina da Silva, de 71 anos, e Evaldo Augusto da Silva, de 75 anos. A servidora frequentava a mesma igreja que os dois.
Coincidentemente, as vítimas eram tios biológicos de Pedrinho, o bebê levado da maternidade em 1986, em caso que gerou repercussão nacional e até inspirou a história de uma novela em uma emissora de televisão.
*Com informações de Matheus Venzi
