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Brasília

Morte de cachorro após vacinação provoca polêmica

Arquivo Geral

12/09/2016 7h00

Atualizada 11/09/2016 22h36

Cachorro que morreu após vacina (Foto: arquivo pessoal)

Eric Zambon
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O relato de uma dona que perdeu o cachorro após vaciná-lo contra raiva causou desconfiança nas redes sociais quanto à campanha de vacinação do governo. Segundo a administradora Fernanda Farias, 31, seu labrador, de um ano e sete meses, recebeu a dose de antirrábica às 11h de sábado e morreu por volta das 13h. O caso aconteceu em Águas Claras. Após ampla discussão, ela concluiu que não passou de uma fatalidade – mas o debate na web não cessou.

“Estou inconformada por ele ser um cão saudável, super ativo e brincalhão, jovem, e ter uma morte tão sofrida. Ontem mesmo ele estava ótimo”, diz Fernanda. O problema, porém, começou após a vacinação. “Ele já chegou ruim, cansado. Achamos estranho e ficamos observando. Após um tempo, ele ficou se debatendo na casinha. Meu marido foi socorrê-lo, mas ele já não respondia. Estava tendo uma convulsão, babando, sangrando pela boca, com diarreia e muita dificuldade pra respirar”, completa.

Depois de ela postar o caso no Facebook, várias pessoas revelaram que seus veterinários costumam orientá-las a não aderir às campanhas do governo por desconfiarem da procedência das doses.

A veterinária Raíssa Barbosa de Oliveira acredita que o problema é a maneira como as vacinas são armazenadas pelos órgãos públicos. “Ela deve ser refrigerada todo o tempo e só retirada no momento da aplicação”, explica. Segundo ela, quando injetada corretamente, “a antirrábica não tem riscos de morte, mas podem ocorrer febre, apatia e, às vezes, vômitos e diarreia.”O cão da moradora de Águas Claras apresentou todos esses sintomas pós-vacinação, mas morreu antes de um profissional chegar.

PENSE NISSO

Apesar da desconfiança quanto à procedência das vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, não se pode radicalizar e simplesmente parar de proteger seu animal de estimação de doenças. Além de isso ser um risco à saúde do animal, que vive em um meio urbano exposto a diversas doenças, é perigoso para os humanos ao redor, pois a raiva (ou hidrofobia), por exemplo, possui altíssima taxa de mortalidade quando contraída.

O diretor da Vigilância Ambiental, Laurício Monteiro, diz que a Secretaria de Saúde tem total interesse de descobrir o que aconteceu. “Se o óbito por conta da vacina for comprovado, isso afetará a campanha no Brasil todo”, preocupa-se.

Monteiro afirma que é preciso ter cuidado ao culpar a vacina. Segundo ele, há casos em que já existia alguma outra doença no organismo, ainda que desconhecida.

5ª CÃOMINHADA

Pets e seus donos se reúnem no parque

Cerca de mil cães e seus donos participaram ontem da 5ª Cãominhada no Parque da Cidade. O percurso foi do estacionamento 11 para o 10, onde havia tendas com programação especial, como bazar, venda de material e comida canina.

O Teo e a Malu, spitz alemães, pegaram carona na cesta da bicicleta da dona, Elizabeth Yamamoto. Para a dentista, eles são da família. A terceira cadela da família só não foi ao evento porque já está velhinha. “Se eu pudesse, mudaria para uma casa só para ter mais cachorros”, relata. Pela tranquilidade dos filhotes, eles gostam dessa atenção.

“É uma oportunidade para as pessoas interagirem com os animais. Elas não só ajudam os projetos sociais que participam do evento, mas a sociedade”, afirma a organizadora Clara Shiratori. O bem-estar do animal, para ela, é essencial. Isso é demonstrado pela quantidade de bichos que tem: são cinco cães e 13 gatos.

Na última edição, em maio deste ano, o evento reuniu 1,2 mil cães e 1,5 mil pessoas. “Sair de casa é muito raro, ainda mais com toda a tecnologia atual. Assim, o evento serve para que as famílias – o cachorro faz parte delas – passem o dia juntas”, frisa Clara.

Foi contabilizada mais de uma tonelada de ração arrecadada na última edição. Nesta, pouco mais de meia tonelada. O alimento é distribuído entre os projetos sociais parceiros.

Além disso, parte do dinheiro da contribuição vai para o auxílio da castração de animais de populações carentes, como na Vila Dnocs, em Sobradinho. Ali, os voluntários fazem uma visita, explicam para os moradores a necessidade do procedimento, levam um veterinário para fazer os exames e, por fim, realizam a cirurgia.

Dentista Elizabeth Yamamoto aproveitou evento para dar uma voltinha de bicicleta com cães de estimação (foto: Kleber Lima)

Dentista Elizabeth Yamamoto aproveitou evento para dar uma voltinha de bicicleta com cães de estimação (foto: Kleber Lima)

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