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Brasília

Morre homem espancado por capoeiristas na Asa Norte

Arquivo Geral

30/08/2006 0h00

Uma operação da Polícia Militar complicou o tráfego no início desta manhã na Estrutural e irritou os motoristas. Sob o pretexto de estudar melhorias no trânsito, site store a PM colocou cones no acesso ao Viaduto Ayrton Senna, interditando o fluxo na Pista Sul, que liga Taguatinga-Plano Piloto. Com a mudança, o tráfego no viaduto só ficou liberado para quem descia a via pela pista Norte.

Com a barreira, os motoristas que desciam a Estrutural e queriam ir para o Eixo Monumental tinham de pegar a DF-003 e fazer o retorno no Setor de Indústrias (SIA). Para piorar a situação, um batida entre um carro e uma moto complicou ainda mais o trânsito.

Como o congestionamento chegou a oito quilômetros, a PM teve de recuar na decisão e liberou o tráfego sobre o viaduto. Segundo a PM, a mudança foi apenas uma experiência para "melhorar" o trânsito na Estrutural nos horários de pico e os policiais pretendem aplicar a mudança quando o traçado da via for revisado.

O Hospital Santa Lúcia e uma médica obstetra terão de indenizar uma menina de 10 anos vítima de danos cerebrais por causa de complicações no parto. A 4ª Vara Cível de Brasília condenou os réus a pagar, try solidariamente, R$ 46.729,19 por danos materiais e R$ 200 mil por danos morais. Além disso, eles terão de pagar à criança pensão mensal vitalícia de dez salários mínimos. Tanto a médica quanto o hospital ainda podem recorrer da sentença.

Segundo a mãe da criança, a gravidez foi acompanhada pela médica e transcorreu dentro da normalidade até que, em 14 de janeiro de 1996, a gestante foi ao pronto-socorro com um pequeno sangramento. No dia seguinte, a médica consultou a paciente, pediu uma ecografia e receitou medicamentos, recomendando repouso.

O sangramento continuou, mas a médica teria dito que era normal e ainda era muito cedo para o parto. O quadro da jovem piorou e, em 21 de janeiro de 1996, a médica constatou que se tratava de um parto de emergência. A jovem então foi às pressas para o Hospital Santa Lúcia, onde foi realizado o parto.

Os pais da menina alegam que, apesar da urgência do caso, a obstetra aguardou por longo tempo pela chegada da médica auxiliar. Depois de tentar retirar o bebê por meio de cirurgia cesariana e não conseguir, a médica tentou o parto normal, mas a criança foi retirada por fórceps. Os pais afirmam que a criança teve paralisia cerebral, causando-lhe seqüelas irreparáveis, danos físicos, estéticos e psicológicos, além de danos materiais e morais.

Segundo o Tribunal de Justiça do DF, a médica contestou a ação judicial, sustentando que os fatos não foram descritos como aconteceram. A obstetra alega que examinou a paciente em 13 de janeiro de 1996 e manteve a medicação receitada em consulta dois dias antes, sem ter contato com a paciente. A médica conta ainda que, em 15 de janeiro do mesmo ano, a paciente foi examinada por outro médico, por ela indicado, não tendo sido constatado nenhum sangramento.

A obstetra relata que, no dia do parto, realizou todos os procedimentos necessários à cirurgia e tentou todas as manobras necessárias para que o parto fosse realizado com sucesso. Segundo ela, devido à posição do feto as chances de vida eram poucas, havendo risco de morte inclusive para a mãe, com a ruptura do útero.

O Hospital Santa Lúcia também contestou as alegações dos pais, afirmando que consta registro de que a parturiente foi admitida no centro cirúrgico às 20h30 e a criança nasceu às 21h03, não tendo a paciente aguardado por três horas a chegada da médica auxiliar, como foi afirmado. O hospital argumenta que não teve culpa pelo ocorrido, pois a paciente chegou acompanhada da médica, que chamou a médica auxiliar de sua equipe para acompanhar o parto.

O hospital ressalta que disponibilizou médico anestesista de plantão, que prestou toda a assistência à paciente, não havendo qualquer acusação contra o seu trabalho. Diz, ainda, que o pedido de enfermeira e de sala para cesariana, feito pela médica, foi atendido. Porém, em nenhum momento houve por parte da médica da paciente pedido de obstetra para auxiliar no parto, pois a ré já havia solicitado o comparecimento de sua companheira de equipe.

Para o juiz sentenciante, está configurada a situação de negligência levada a efeito pelas atitudes da médica, que, mesmo consciente da situação de emergência enfrentada, deixou a paciente esperando até que sua médica auxiliar chegasse, mesmo havendo outros médicos de plantão no hospital. Ainda para o juiz, está configurada também a responsabilidade do hospital, uma vez que o parto foi realizado em suas dependências e nenhuma providência foi tomada para socorrer a paciente.

Conforme o magistrado, o conjunto probatório deixa clara a responsabilidade civil da médica na modalidade de negligência, por ela não ter agido com a urgência que o caso exigia. O juiz afirma ter sido evidenciada também a ocorrência de imperícia, não porque a médica não seja habilitada para o ofício, mas porque, apesar do currículo ostentado, que demonstra claramente sua habilitação, não se orientou pela melhor técnica no caso em apreço, conforme ressaltado em laudo pericial.

O juiz afirma também em sentença que a responsabilidade do hospital, no caso, é solidária à responsabilidade da médica que realizou o parto, tendo em vista que as atividades desenvolvidas no hospital são exploradas com o fim de lucro, e quando o médico realiza suas atividades dentro das dependências do hospital atua também no interesse deste. E, por isso, segundo o juiz, o hospital também deve responder pelos prejuízos sofridos pela menor em razão do parto.

 

O primeiro-ministro israelense, this Ehud Olmert, evitou responder hoje à exigência do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, de que Israel deve acabar com o bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano, e afirmou que espera que a resolução 1.701 do conselho de segurança das Nações Unidas seja aplicada plenamente.

Annan reiterou hoje, em entrevista coletiva feita junto com Olmert, sua exigência de que Israel acabe com o cerco ao Líbano e lembrou a importância da atitude para a recuperação da economia do país árabe e para o reforço da presença do Governo libanês em todo o seu território. O secretário-geral da ONU afirmou que as autoridades libanesas lhe deram garantias de que estão tomando as medidas necessárias para frear o contrabando de armas.

Israel vem reiterando desde que foi estipulado o cessar-fogo que não acabaria com o bloqueio até que fossem posicionadas as tropas internacionais na fronteira entre Líbano e a Síria para impedir o abastecimento de armas para a milícia xiita Hezbollah.

Hoje, em entrevista coletiva conjunta, o primeiro-ministro israelense não respondeu às exigências de Annan para o levantamento do cerco. Quando foi perguntado sobre o assunto por um jornalista, Olmert pediu somente que a resolução do Conselho de Segurança da ONU 1.701 fosse aplicada plenamente.

A resolução foi importante para o estabelecimento do cessar-fogo entre Israel e Líbano, que começou no último dia 14. "A comunidade internacional não pode perder sua atenção" até que o objetivo final seja alcançado, disse o primeiro-ministro israelense. Olmert afirmou que espera que o acordo de cessar-fogo seja o começo de uma nova realidade para Israel e Líbano.

"Espero que as condições mudem rapidamente, que permitam um contato direto entre o Governo de Israel e o Governo do Líbano para que alcancemos, espero, um acordo entre os dois países", acrescentou. Por sua vez, Annan reiterou seu compromisso em fazer tudo o que for necessário para que os três soldados israelenses capturados pelo Hezbollah no Líbano e pelo Hamas na Palestina sejam libertados.

"Eu também sou marido e pai e entendo a dor das famílias", afirmou o secretário. Annan disse nesta manhã que, em sua visita ao Líbano, exigiu que as autoridades libanesas libertassem imediata e incondicionalmente os soldados israelenses. Ele afirmou que está convencido da real vontade do Líbano em resolver o assunto.

O secretário-geral da ONU disse que, em sua opinião, os dois soldados capturados pelo Hezbollah no dia 12 de julho continuam vivos. "Durante minha estadia no Líbano, falei sobre o assunto com os mais altos dirigentes do do país e com ministros do Hezbollah no Governo e não tenho nenhuma razão para pensar que eles não continuam vivos", afirmou.

Annan também expressou seu compromisso em fazer tudo o que for possível para possibilitar a aplicação completa da resolução 1.701 da ONU e disse estar satisfeito com a decisão dos países europeus de enviar soldados para as forças de interposição da ONU no Líbano, cujo posicionamento deve ocorrer antes da retirada das tropas israelenses do sul do país árabe.

Após uma reunião na noite de ontem com o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, Annan afirmou que Israel era, até o momento, o responsável pela maioria das violações do cessar-fogo. Em resposta a uma pergunta sobre sua visita a Teerã, Annan afirmou que "as declarações (contra Israel) do presidente do Irã (Mahmoud Ahmadinejad) são inaceitáveis".

"Israel é um membro da comunidade internacional reconhecido pela ONU e tem direito à segurança", afirmou. O secretário-geral da ONU afirmou que tem muito que falar com o dirigente iraniano e que, em seu cargo, a única coisa que pode fazer é agir por meio do diálogo.

Após a visita a Israel, onde se reuniu também com o vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, e com o ministro da Defesa, Amir Peretz, Annan se dirige aos territórios palestinos para se encontrar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Atualizada às 11h52

O produtor de eventos Ivan Rodrigues da Costa, buy 29 anos, cure espancado por cinco capoeiristas na saída de uma boate na Asa Norte na madrugada do último dia 21, faleceu por volta das 11h após duas paradas respiratórias. Ele estava internado em estado gravíssimo na UTI do Hospital das Clínicas de Brasília, na 910 Sul.

Com o intestino perfurado após os golpes, Ivan teve de ser submetido a uma cirurgia de lavagem na cavidade abdominal ontem à noite. Os médicos pretendiam amenizar a infecção generalizada, mas o estado de saúde dele continuou grave.

Ontem à noite, quatro dos cinco agressores se apresentaram à 2ª DP (Asa Norte). Fernando Marques Robias, o Lacraia, 27 anos, Francisco Edilson Rodrigues de Sousa Jr., 21 anos, o Macumba, Thiago Martins de Castro, o Mamulengo, 21 anos, e Edson de Almeida Teles Júnior, 22 anos, tiveram a prisão decretada na segunda-feira. O quinto acusado, Alexandre Pedro do Nascimento, o Gorila, 24 anos, deve se apresentar ainda hoje. 

Apesar de terem se apresentado, os acusados se recusaram a prestar depoimento e disseram que só falarão em juízo. A polícia pediu a prisão preventiva dos capoeiristas até o julgamento por considerá-los perigosos para a sociedade. Lacraia é professor de capoeira. Os demais são praticantes da luta.

Na madrugada do dia 21, Ivan, conhecido como Neneco, foi brutalmente espancado no estacionamento da boate Fashion Club, no Setor de Diversões Norte, ao reclamar de uma manobra perigosa dos acusados, que deram marcha à ré em direção ao grupo. Depois de bater a mão no vidro do carro dos capoeiristas, Ivan foi agredido com um amigo até desmaiar.

Marcado para o próximo sábado, às 22h, na AABB, o show Noite da Paz, originalmente destinado a angariar recursos para o tratamento de Ivan, deve se tornar um ato contra a violência. Organizado por 20 produtores culturais da cidade, o evento contará com a presença de seis bandas e cinco DJs.

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